25.4.24
22.4.24
Voltando depois da gripe
Olá, pessoas amigas e amigos!
Estive ausente por conta de uma gripe histórica, nunca sofri
tanto com ela, como integro o grupo de 60+ creio ter me livrado de uma
hospitalização graças às vacinas!
Mas vamos ao que interessa.
Há uma preocupação entre os progressistas sobre a fragilidade
da comunicação do governo federal. Esse diagnóstico é mais ou menos
generalizado, com raras exceções.
Temos pessoas muito boas na área, como é o caso do youtuber
Felipe Neto. Que tal uma assessoria dele para a formação de comunicadores para
estimular os progressistas na disputa das narrativas?
Lembro-me, com saudades, do Instituto Cajamar, que
instrumentalizava a juventude petista, lá no século passado, com elementos de
política, sociologia etc. Munidos desses conhecimentos teóricos íamos para as
práticas, militando nos movimentos populares e sindicatos. A receita poderia
ser repetida, talvez com assessoria do Felipe Neto e André Janones, embora esse
último tenha queimado o filma recentemente.
É fato que as forças progressistas precisam melhorar sua
comunicação nas redes sociais, assim como é fato que precisam melhorar o
relacionamento com os evangélicos, que hoje formam um contingente muito grande
nesse país que sempre se arvorou em ser um grande país católico.
Na verdade, temos duas urgências: melhorar a comunicação do
governo nas redes sociais e a interlocução com os evangélicos.
Aguardo sugestões de como fazer isso.
5.4.24
Aventuras e desventuras tecnológicas
Quando
ainda lecionava era um entusiasta das inovações tecnológicas. Isso desde o
final do século passado.
Usava
aplicativos em sala de aula com alguma maestria, auxiliava meus “parças” de
trabalho em algumas aventuras por esse maravilhoso mundo tecnológico.
Certa
vez ouvi de um colega, após ajudá-la a encontrar uma informação para a aula de
Biologia, que ele só encontrava lixo no mundo virtual. Era o tempo dos inúmeros
mecanismos de busca, o Google não havia monopolizado esse segmento ainda.
Era
o tempo do Orkut, das listas de e-mails e dos blogs. Estimulei o uso das
comunidades do Orkut para dicas de estudo e trocas acadêmicas entre os alunos.
Na
primeira década do século XXI dei início a esse blog, em plena ebulição do
“mensalão. Tinha por hábito
comentar as capas das principais revistas semanais.
Costumava
reproduzir matérias de autores que considerava interessantes e trabalhava
bastante com hiperlinks, era o momento que pensávamos em um ambiente de colaborações,
não havia competição entre os blogs e a maioria dos conteúdos estava aberto.
Era
um bom espaço de discussão, tanto para meus alunos como para pessoas
progressistas, embora eu tenha recebido muitas críticas, principalmente pela
defesa da causa palestina e do governo Lula.
Usei
Orkut, blog, lousa digital, gravação de aulas e demais traquitanas digitais em
diferentes épocas.
Em
2010 tem início a Primavera Àrabe, que
eclodiu na Tunísia e rapidamente se espalhou, primeiro nos países árabes do
norte da África e depois atingiu o Oriente Médio.
O movimento foi difundido por meio do uso do celular e das
chamadas redes sociais e rapidamente o Orkut, Twitter, MSN, Blogger etc., foram
tomados pelas cenas que representavam o descontentamento da população com o
nível de vida, corrupção e outros desmandos naqueles países.
O papel das redes sociais foi fundamental no processo, mobilizando as pessoas e fazendo pressão sobre as autoridades.
Eu
não conseguia compreender direito o alcance daquilo tudo e, tempos depois
conseguimos ver o resultado daquelas revoltas.
Mas,
de fato, ficou marcado em minha memória o ano de 2013 e o tal “Não são só 20
centavos”. Não era mesmo.
O
Brasil foi sacudido por protestos, que começaram pequenos e foram crescendo e
tomando conta do país.
A
direita, espertamente, se apropriou da bandeira inicial e depois começou a
protestar contra “tudo isso que está aí”.
No
início eram tratados pela mídia como pequenos grupos de baderneiros, mas, de
repente essa mesma mídia se colocou ao lado dos
manifestantes.
Nesse
contesto aparecem inúmeros movimentos, como o MBL e O vem pra rua, que
mobilizam inúmeras pessoas, visando o afastamento da presidenta Dilma e, ao
mesmo tempo, tem início uma perseguição aos professores, chamados de
“doutrinadores e esquerdistas”.
A
presidenta Dilma sofreu impeachment e os “movimentos” elegeram deputados e
vereadores, para combater os “doutrinadores”.
Nas
redes sociais cresceram perfis de extrema-direita, como o Brasil Paralelo e a
Revista Oeste, especialistas em espalhar fake news.
Esse
processo avança para as campanhas contra vacinas, a ciência, e as artes.
Tais
movimentos elegeram Jair Bolsonaro, claro, com o apoio da mídia, que depois se
arrependeu e da maioria da população.
Foram
quatro anos de inferno promovido pela extrema-direita e com muita mentira e
boçalidade, mas conseguiram eleger vários expoentes do negacionismo e com
poucos neurônios como o Bolsonaro.
Resta
esperar que a justiça cumpra o seu papel e coloque esses bandidos na cadeia o
mais rápido possível,
27.3.24
Eu não tenho orgulho das forças armadas do Brasil
Manifestação estudantil contra a Ditadura Militar. Domínio público / Acervo Arquivo Nacional
Hoje o presidente Lula disse que o povo brasileiro tem
carinho pela Aeronáutica, Exército e Marinha.
Presidente, o senhor teve meu voto, mas me inclua fora desse
carinho todo.
As Forças Armadas brasileiras me envergonham. São tantos
golpes, tanta intromissão na vida civil e em assuntos que não lhe dizer
respeito que só me causa repulsa.
Cadê a autocrítica em relação ao golpe de 1964? Cadê as
punições aos militares de alta patente envolvidos na tentativa de golpe de
08/01/2023?
Nos causam vergonha apenas.
Quantas mães morreram sem ter seus filhos para prantear?
Quantas mães, esposas, filhos e filhas ainda esperam a volta dos seus entes
queridos?
A impunidade desses bandidos de farda deu origem a essa polícia
violenta, que mata primeiro e depois forja as investigações para concluir,
quase como regra, que a culpa é da vítima.
Então me perdoe presidente Lula, mas enquanto persistir a
impunidade as Forças Armadas do Brasil não terão meu respeito e sinto muito
pelo seu pronunciamento de hoje (27/03/2023).
21.3.24
Lembrar para que nunca mais aconteça
Clique aqui para ler a notícia na íntegra.
Esse é o preço do esquecimento Presidente Lula! Alunos de 11 a 14 anos defendendo a barbárie.
Só isso já justificaria a lembrança do 01/04/1964 e de todos os males causados ao país, principalmente ao povo pobre da nossa nação!
O caráter pedagógico dessa lembrança é fundamental.
Tudo bem que
o presidente Lula não queira se indispor com a caserna, mas não pode ser
impeditivo para manifestações do PT, MST, MTST e demais integrantes da
sociedade civil.
Também seria muito importante a reativação da Comissão de
Mortos e Desaparecidos Políticos, de acordo com a Lei nº 9.140, de 04 de
dezembro de 1995, deixando-a na responsabilidade do Ministério dos Direitos
Humanos, na pessoa do ministro Sílvio Almeida, conforme prevê o próprio governo (https://www.gov.br/participamaisbrasil/cemdp).
Não é necessário fazer alarde, simplesmente coloca a
comissão para funcionar e a estrutura que já está pronta começa a funionar, chamando as Secretarias de Direitos Humanos dos estados e
municípios para participar, construindo memoriais, museus e exposições.
Mas é muito importante lembrar para que nunca mais se
repita! E quase aconteceu novamente no dia 08/01/2023.
Precisamos estar atentos e não deixar as atrocidades
realizadas pelos facínoras de 1964 cair no esquecimento ou tornarem-se banais.
Foram criminosos, crimes que a nossa constituição classifica como de lesa-humanidade, imprescritíveis!
Suprimiram partidos políticos, só autorizando o funcionamento de dois, prenderam e sumiram com parlamentares, mataram jornalistas, operários, camponeses, indígenas e todos aqueles que ousavam dizer não aos desmandos das “autoridades”.
Dentre os males trazidos pela ditadura está a censura.
Nossos artistas tiveram suas obras censuradas.
A seguir fac-símile da brilhante obra Cálice de Chico
Buarque e Gilberto Gil:
Isso é só uma pequena amostra do que os militares foram
capazes.
19.3.24
A ditadura não acabou
Houve uma ditadura no Brasil implantada pelo golpe militar
de 1964. Um grande conluio envolvendo as Forças Amadas, empresários e figuras
do mundo político e jurídico, todos alinhados com os EUA no contexto da Guerra Fria, inclusive
com possível apoio armado dos estadunidenses em caso de confronto com as forças
progressistas.
Durante 21 anos convivemos com militares se alternando no
poder, por meio de eleições indiretas, com o apoio do STF e de parcela
importante de políticos e empresários.
Os desmandos foram imensos. Corrupção generalizada, prisões
arbitrárias, além de punições a funcionários públicos civis e a militares
legalistas (sim, eles existiram um dia). Censura nas artes e na imprensa, perseguição implacável aos artistas.
O mais chocante foram os assassinatos, não nos confrontos armados,
mas na tortura, além dos desaparecimentos dos opositores.
Existem famílias que não sabem o destino dos corpos dos seus
entes queridos e não puderam chorar suas perdas.
Em 8/1/23 alguns saudosistas desses tempos sombrios tentaram
repetir um golpe de estado. Felizmente se deram mal, mas se não houver punições
exemplares, tanto para os civis e militares envolvidos na tentativa de golpe de
8/1/23, como para aqueles que torturaram e mataram na ditadura de 1964 estaremos
sempre correndo o risco de que tudo se repita.
A Lei de Anistia (28/8/79) foi resultado da mobilização de
parte da sociedade, mas, apesar de ter permitido o retorno dos exilados e a
liberação dos presos políticos, possibilitou também a impunidade dos
torturadores.
Segundo a Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), o próprio texto da Constituição Federal diz que a
tortura é crime de lesa-humanidade e imprescritível, por isso fez um
questionamento ao Supremo Tribunal Federal.
Em que pese os esforços da ex-presidenta Dilma Rousseff ao instaurar a
Comissão Nacional da Verdade, que funcionou entre 2012 e 2014, as recomendações
do seu relatório final, com uma lista com 377 nomes de pessoas que violaram os
direitos humanos durante a ditadura, recomendando a responsabilização criminal,
civil e administrativa de 196 pessoas dessa lista que ainda estão vivos, não obteve
resultados concretos.
A comissão também recomendou em seu relatório final a revisão do trecho da
Lei da Anistia que estende o benefício para agentes da ditadura.
Fonte: Pesquisadores alertam
que Lei da Anistia ainda é um problema atual - Reportagem – Karla Alessandra –
30/8/21 - Agência Câmara de Notícias
18.3.24
62
Aqui estou para falar um pouco sobre mim mesmo. Mas não é para
contar histórias, é apenas para dizer que dia 16 último completei 62 anos de
idade.
Não pensei que alcançaria essa idade, por razões várias, nem
mesmo imaginava que seria possível viver tanto.
Por ocasião do aniversário fiquei de alma lavada e enxaguada,
como diria o velho Odorico Paraguaçu (azar de quem não o conheceu).
Almocei com meus pais, esposa, irmãs e sobrinhos, muita
risada como de costume. Faltou o filhão, mas ele veio um dia antes para dar um
beijo e um abraço.
Depois, nas redes sociais e por telefonemas (moda antiga) os
parabéns dos amigos mais próximos e, para completar, via redes sociais, os
cumprimentos recebidos de ex-alunos, ex-alunas e de ex-colegas de trabalho.
Fiquei feliz por ter sido lembrado por alunos e alunas queridas
da primeira escola na qual lecionei, ainda no século passado, particularmente
por ser lembrado por pessoas da primeira turma de ensino fundamental e de
ensino médio que pude acompanhar por toda aquela fase.
Muitos alunos de cursinho, o que é natural, dada a proximidade
das relações estabelecidas.
Uma coisa me chamou a atenção. Não recebi nenhum tipo de cumprimentos
dos alunos e alunas da última escola na qual lecionei, embora tenha
desenvolvido uma boa relação com alunos e alunas dessa instituição.
Mas foi nela que tive os maiores enfrentamentos, desde 2016/2017,
com a turminha do MBL e do Escola sem Partido. Para ser justo eles eram
minoritários, mas eram barulhentos. E vejam que coincidência, deles não recebi
nenhum abraço ou felicitações.
Nesses 62 anos tive muitas falhas e errei bastante, mas sempre
de cabeça erguida por conta das escolhas políticas, das causas que abracei e do
profissionalismo no trato com a docência.
Lembro-me dos amigos da adolescência, quando nos sentávamos na
praça da igreja, lá em Varginha, e falávamos como seria o distante ano 2000, os
carros voariam, as pessoas não se prenderiam aos lugares etc. e tal.
A gente sonhava e imaginava um mundo sem guerras, sem fome,
sem doenças, uma vez que a ciência daria conta de tudo.
Às vezes sinto vontade de ter uma conversinha com aquele
moleque de 15 anos, que achava que era fácil mudar o mundo. Até parece.
E aqui estamos, 62 anos depois e sinto que o mundo ao meu
redor está pior, passamos poucas e boas, vivemos uma ditadura terrível, cercado
por outras piores e temos que tolerar um bando de imbecis, com elevado déficit cognitivo,
pedindo a volta da ditadura!
Vimos as guerras do
Vietnã e da África, dentre outras, com tantas atrocidades e a gente pensava que
nunca mais veríamos nada igual e hoje temos a Faixa de Gaza.
Gasta-se uma fortuna em armas e destruição, enqanto milhões
padecem de fome.
É, acho que teremos que deixar para as próximas gerações dar
um jeito nesse trem aqui.
14.3.24
Cadê o ministério do governo Lula?
O tempo vai passando, já vai para mais de um ano da posse do
Governo Lula e parte significativa da população não tem em mente os nomes dos
ministros e ministras.
Enquanto Flávio Dino estava no Ministério da Justiça ele era
destaque da comunicação dos atos de governo, até porque os bolsominions do
Congresso insistiam em chamá-lo com frequência para depor e, por consequência,
passaram vergonha.
Mas era secundado, com destaque, por Sílvio Almeida, Nísia Trindade,
Sônia Guajajara, Aniele Franco dentre outras, às vezes no Congresso, às vezes
na mídia.
A saída de Flávio Dino para o STF parece ter emudecido o
Ministério. E temos ali pessoas brilhantes, capazes de enfrentar a inteligência
(?) de Nikolas Ferreira, Zé Trovão, Carol de Toni e congêneres.
O que acontece? Qual a razão desse silêncio homérico de um
Ministério com pessoas tão capazes?
Claro que temos alguns ministros que melhor seria que não
estivessem por lá. Algumas perdas, como Ana Moser, são irreparáveis, mas ainda
assim temos valorosos colaboradores e valorosas colaboradoras no governo, por
que os deixar à margem da comunicação do governo?
Às vezes o excesso de holofotes sobre Lula não contribuí
para a imagem dele, seria melhor deixar as grandes decisões, ou aquelas que
causam grandes impactos sobre a população por conta dele e as decisões
cotidianas nas mãos dos outros integrantes do governo.
Lula precisa agilizar a sua “brigada” de boas notícias,
seria bom termos nomes como o Felipe Neto neste lugar, ou mesmo André Janones,
que sabem o idioma das redes sociais, mesmo que fossem para distribuir boas
notícias para a militância e está repercutir nas redes.
Há uma nítida dificuldade de se lidar com esses instrumentos
modernos de comunicação, como o X, Instagram e TikTok, por exemplo. Não consigo
imaginar o Lula, ou o ministro Padilha, fazendo as dancinhas típicas do TikTok,
mas é necessário disputar e ocupar esses espaços virtuais.
13.3.24
01 de abril de 1964
No mês de março algumas pessoas e instituições comemorarão o golpe de 1964, que instituiu uma ditadura militar, com forte apoio do empresariado nacional, com raras exceções.
Leonardo Silva de Recife, Pernambuco, Brasil , CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons
Prefiro lembrar a data, com muita raiva, de 01 de abril,
quando, de fato, os tanques foram às ruas e deram início a um longo período de
terror, que matou e “desapareceu” muitos brasileiros e brasileiras valorosos.
Infelizmente o governo Lula opta por ignorar a data, assim como está ignorando os mortos e desaparecidos políticos em nome de uma pacificação, que mais se assemelha e uma rendição aos milicos.
Ao contrário de países vizinhos, que passaram por ditaduras
semelhantes, não punimos os militares e os civis que mataram e desapareceram
com pessoas, deixando muitas famílias com a dor da perda e de não poder
plantear seus mortos
Lançar luzes sobre esse passado recente é fundamental para
que ele não se repita e seria muito pedagógico para construção do nosso futuro.
Penso que a tentativa de golpe de 8/1/23 e toda a
movimentação da extrema direita, com protagonismo de alguns oficiais das Forças
Armadas, tem uma relação óbvia com a impunidade do que aconteceu a partir de
1964.
Esse acerto de contas é muito necessário, tanto o acerto com
o 8/1//23, quanto o acerto de contas com a ditadura cívico-militar de 1964. Sem
isso nunca teremos um país de verdade.
Não entendo que as Forças Armadas sejam pacificadas deixando
esses indivíduos, que cometeram crimes, livres, leves e soltos.
Precisam ser punidos de acordo com os regulamentos das
Forças Armadas e de acordo com a justiça criminal também. Na sua maioria esses
oficiais são pessoas perversas, que tem um senso muito próprio de democracia e
verdade.
A partir de 1964 deram início a uma guerra interna, contra
comunistas que, segundo eles, estariam prontos para tomar o país. Em nome dessa
guerra torturaram, mataram, despareceram com operários, estudantes, políticos e
pessoas anônimas.
Forjaram fugas, atropelamentos e suicídios. A impunidade faz
parecer que os agentes do Estado que possuem armas possuem também o poder sobre
a vida e a morte das pessoas não armadas.
Enquanto não houver julgamentos e reparações históricas,
principalmente a localização dos corpos daqueles que foram assassinados, não
haverá paz.
Precisamos seguir o exemplo da Argentina, Chile e Uruguai,
nossos vizinhos que viveram ditaduras semelhantes e mostrar para os jovens do
que eles foram capazes.
Assim terminaremos de vez com a escola sem partido e
deixaremos os adeptos das ditaduras sem coragem de colocar a cara a mostra.
8.3.24
Dia 8 de março, dia de lembrar e lutar
Hoje é dia de comemorar o Dia Internacional das Mulheres, mas, por favor, sem chocolates e flores. É dia de lutar e lembrar aquelas que tombaram vítimas do feminicídio, que sofrem violência doméstica e que ganham menos do que os homens para fazer a mesma coisa que eles.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Artigo_Lei_Maria_da_Penha_(8695976633).jpg][img]undefined[/img][/url Superior Tribunal de Justiça STJ do Brasil, CC POR 2.0, via Wikimedia Commons
Infelizmente
não há muito o que comemorar. Faltam mulheres no governo e algumas que
permaneceram perderam poder no jogo da política do “é dando que se recebe”, mas
no caso do atual governo não está recebendo.
Governos
progressistas têm enfrentado o problema há décadas, mas o machismo estrutural e
os valores patriarcais que organizam nossa sociedade são muito fortes e acabam
prevalecendo.
Havia, durante
um bom tempo, a esperança de que as novas gerações superassem esses valores,
mas hoje essa esperança está se esvaindo, principalmente quando vemos o nosso
Congresso, majoritariamente machista, conservador e extremamente retrógrados,
com deputados jovens e eleitos por jovens!
O que fazer? Há
um esforço descomunal por parte dos educadores para reverter esse quadro, mas,
muitas vezes, são impedidos pelas famílias, que os qualificam como
doutrinadores, propagadores da ideologia de gênero (seja lá o que for isso),
esquerdistas, feministas etc.
Aliás, hoje
recebi pelo WhatsApp uma publicação repudiando um “Congresso Antifeminista” em
Santa Catarina, evento agendado para hoje – 08/03/2024 – dentro da Assembleia
Legislativa de Santa Catarina. Não tenho palavras para expressar minha
indignação.
Vamos averiguar
alguns indicadores que mostram a necessidade de leis que garantam a vida das
mulheres e, ao mesmo tempo, a necessidade do feminismo.
Esse gráfico
foi produzido pelo Senado Federal
Esse outro
gráfico foi resultado de uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
em 2022.
Fonte: Dados revelam crescimento alarmante de todos os tipos
de violência contra a mulher. Infográfico: Fórum Brasileiro de Segurança
Pública (2022)
Já essa tabela retirei do Vermelho.org (jornal do PC do B) e
mostra uma série histórica que facilita a comparação do quadro de violência.
Ou seja, essa
pequena amostra indica a necessidade de políticas permanentes de defesa da vida
das mulheres e de estímulos a sua emancipação social, política e financeira. O
que mostramos ontem com relação a execução do orçamento do Ministério das Mulheres
vai no sentido contrário dessas necessidades.
Recomendo
acompanhar a entrevista com Maria da Penha, que dá nome a Lei, no ICL.
Veja a
divulgação completa do evento e a página de inscrição no evento clicando AQUI.
7.3.24
Notícias ruins para quem fez o "L"
Hoje a mídia não apresenta boas notícias para quem, como eu, fez o L nas últimas eleições.
Claro que a situação melhorou como um todo, nossa democracia
tem se fortalecido e p Brasil retomou o ligar que lhe cabe no cenário
internacional, em que pese Israel nos qualificar como um “anão diplomático”.
Mas voltemos à mídia.
O governo, de maneira surpreendente, não está fazendo nenhum
esforço para a cassação das concessões públicas da Jovem Pan, chamada carinhosamente
de Jovem Klan, dados os pendores fascistas desta emissora.
A citada emissora mentiu descaradamente, distribuiu fake
news a torto e a direito, tem muitos dos seus “jornalistas” processados e
foragidos.
A retirada das concessões das emissoras da Jovem Pan teria
importante papel pedagógico para a mídia comercial nativa. Difícil entender a
razão de não o fazer.
Outra notícia preocupante, apontado pelo ICL Notícias na
reportagem de Igor Mello e Karla Gamba (clique aqui
para ler a matéria completa), dá conta que o Ministério das Mulheres executou
apenas 18,5% do orçamento destinado para a pasta em 2023. O ministério tinha
disponível um total de R$ 149 milhões, mas gastou efetivamente apenas R$ 27,5
milhões.
Dados consultados pelos repórteres no Portal da Transparência,
com a palavra o Ministério das Mulheres, a Secretaria da Comunicação e o
governo federal.
Por fim, mas não menos importante, as análises da pesquisa
que avaliou o governo Lula nos dias 25, 26 e 27/02 , indicando um avanço nas opiniões
sobre o governo.
O jornalista Leandro Demori chamou a atenção para a data da
pesquisa, coincidindo com a manifestação do Bolsonaro na Av. Paulista, que
repercutiu intensamente na mídia e juntou uma multidão na avenida. Estimativas
feitas pela USP dão conta de aproximadamente 185.000 pessoas.
Também a pesquisa apontou uma percepção de piora da economia
e da inflação, embora a realidade não confirme isso, mas, me parece, que muitas
igrejas e pastores evangélicos disseram isso nos cultos do último mês, sem contar
o papel das redes sociais, particularmente o WhatsApp e Telegram.
Espero que as notícias ruins sobre as ações do governo parem
por aí e que tenhamos um 8 de março marcante, com medidas importantes para a proteção
das mulheres e avanços significativos no papel da mulher do nosso país.
4.3.24
Uso de charges
Sempre gostei dessa linguagem, tanto de charges quanto de quadrinhos. Como professor usava e abusava das charges, tanto nas aulas quanto nas avaliações. Depois de aposentado resolvi usá-las nas redes sociais. O meu Instagram (@proftoni62) é um grande disseminador de charges, sempre citando as fontes, é obvio.
Talvez isso seja resultado da minha falta de talento para as
artes. Sou péssimo no desenho e tenho muita tristeza por nunca ter aprendido a
tocar um instrumento musical.
Essa charge que destaquei faz uma referência à literatura, o
livro O Menino do Pijama Listrado – cujo filme me fez chorar muito –,
associado ao drama do genocídio vivido hoje pelo povo palestino na Faixa de
Gaza e na Palestina de forma mais ampla.
Clique aqui para ler um pequena síntese do livro.
A maioria dos chargistas têm uma capacidade de síntese
impressionante, o @cartunistadascavernas (Gilmar), @arocartum (Renato Aroeira),
@miguelpaiva (Miguel Paiva), Carlos Latuff dentre outros,
Recomendo seguir todos.
2.3.24
É urgente taxar os super ricos
Além de
taxar os super ricos no Brasil é necessário taxá-los no mundo!
Os paraísos
fiscais precisam ser vigiados por todos e pensar que essa grana vai auxiliar na
resolução dos grandes problemas dos países pobres: fome, habitação, educação,
ambiente combate à pobreza etc.
Abaixo
segue vídeo do ICL, com a fala do André Roncaglia, professor de economia da
Unifesp e doutor em economia do desenvolvimento pela FEA-USP.
Esse debate
segue interditado no Brasil por conta do receio da classe média, que tem medo
de perder o seu jipe Renegade, ou ver seu Rolex paraguaio ser confiscado.
Não se
trata disso. A explicação do professor André Roncaglia é muito boa e mostra
quem seria o alvo de tal taxação.
A proposta
de Fernando Haddad é excelente. Seria fácil de ser executada? Seria facilmente
aprovada?
Embora a
discussão seja econômica, a decisão sobre ela é POLÍTICA! Por isso a
importância de discutir e aprender sobre política.
1.3.24
A guerra sem limites de Israel contra o povo palestino
Imagem via Facebook
O acontecimento de ontem (29/2) na Faixa de Gaza foi um crime de
guerra terrível, parte do genocídio em curso na Palestina, quer queiram ou não
os sionistas, isso é um fato!
Guarda semelhanças
com as ações dos EUA na Guerra do Vietnã.
Não adianta ofender o
presidente Lula e a diplomacia brasileira, o que Israel faz, patrocinado pelos
EUA e com o apoio silencioso, com raras exceções da Europa, pode ser comparado
ao que os judeus sofreram na 2ª Guerra Mundial e aos assassinatos étnicos
(armênios, tutsis etc.) cometidos ao longo da História.
O jornalista Jamil
Chade, do portal UOL publicou um texto sobre o tema (clique aqui para
ler) indicando que o Brasil aumentou o tom contra a postura de Israel por conta
desse massacre de ontem.
Importante ressaltar
que não se pode aceitar a versão do direito de defesa, alegado por Israel. Se
assim entendermos, podemos afirmar que os palestinos estão tentando se defender
desde os anos de 1940.
A crueldade do ato de
ontem superou todas as outras, se é que isso é possível. A quantidade de
mulheres e crianças assassinadas nessa guerra é impressionante.
Sempre com a
cobertura bondosa da mídia corporativa brasileira, que prefere tirar a
credibilidade das fontes palestinas, mesmo que em desacordo com a
própria mídia israelense. O jornalista Chico Alves publicou um texto primoroso
sobre o tema no ICL Notícias (é só clicar aqui para
ler a matéria na íntegra).
Não há limites para a
crueldade das guerras, mas essa, movida a pretexto de combater o terrorismo do
Hamas, impressiona pelas imagens, principalmente dos ataques aos hospitais e
escolas.
Crianças sendo
amputadas sem anestesia é de doer na alma. As cenas que nos chegam pelas redes
sociais são de fazer chorar. Imagino que não tenha nada mais desumano do que
bombardear hospitais, escolas e templos religiosos.
Já passam de 30.000
mortos, sem contar aqueles corpos que estão desaparecidos entre os escombros.
A máquina de
propaganda sionista não permite que fontes independentes verifique as alegações
de lado a lado. Nossa mídia assume o que afirma Israel como verdade e sempre
questiona o que dizem os palestinos.
29.2.24
Refletir sobre o passado para construir um futuro melhor
Não podemos aceitar que fato como esse da imagem se repita. Para além da imagem foi uma vida que se foi, vitimada por assassinos fardados em nome do Estado.
Por isso Lula
errou feio ao dizer, numa entrevista para a Rede TV, que não quer remoer o passado,
ao falar sobre os mortos e desaparecidos na ditadura cívico-militar.
Não se
trata de remoer nada, mas sim entender o passado e como foi possível permitir
tal violência por parte do Estado e, em seguida, com a redemocratização, por
quais razões esses crimes não foram devidamente punidos.
Quando
olhamos para nossos vizinhos, que tiveram experiências tão, ou mais dolorosas
como a nossa, conseguimos ver punições exemplares, como foi feito no Chile,
Argentina e Uruguai, por exemplo.
Por que não fizemos o mesmo? Os militares brasileiros “controlaram” o processo de redemocratização, chegando ao absurdo de anistiar a si próprios, até mesmo com relação a crimes praticados após a promulgação da Lei da Anistia.
Não
podemos anistiar crimes de sangue, sob pena de vê-los repetidos em outros
momentos. Os agentes do Estado, sejam soldados ou generais, devem ser severamente
punidos.
A coalizaomemoria.org.br publicou uma nota sobre
a declaração do Lula na Rede TV, citada a seguir, copiada da página do iclnoticiais.com.br:
“Entendemos que a fala do presidente é equivocada, e gostaríamos
de convidar o governo e a sociedade civil a refletir sobre a questão. Queremos
começar destacando que falar sobre os 60 anos do golpe de Estado não se trata
de remoer o passado. Pelo contrário, trata-se de colocar em debate o que
queremos para o futuro do Brasil”, informa a Coalizão que reúne mais de 100
coletivos e entidades de todo o país, entre elas o Instituto Vladimir Herzog.
“Localizar os desaparecidos deve ser parte de uma agenda mais
ampla, que passa inclusive por uma discussão sobre o quanto inúmeros setores da
sociedade foram atingidos pela ditadura e até hoje nem foram reconhecidos como
vítimas do regime. Indígenas, camponeses, moradores de favelas e periferias, a
população negra, os LGBTQIA+, os trabalhadores”, aponta a Coalizão.
Não
podemos compactuar ou aceitar pacificamente as declarações do presidente da República.
Dentre os muitos acertos de Lula devemos registrar esse episódio lamentável!
Muito
provavelmente se os envolvidos no golpe de 1964, militares ou não, tivessem sido
exemplarmente punidos, o 8/01/23 não teria acontecido.
28.2.24
Isenção de impostos para igrejas não é correto
Hoje, o jornalista Chico Alves, publicou no iclnoticias.com.br um artigo tratando do avanço da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que amplia os benefícios fiscais para os templos de todas as religiões:
“A Proposta de Emenda Constitucional
que amplia
a imunidade tributária de entidades religiosas e templos de
qualquer religião foi aprovada na comissão especial por unanimidade, em votação
simbólica. Agora, será avaliada em plenário.”
Templo de Salomão – fonte:
Universal.org
Ao mesmo tempo aparecem na imprensa
notícias sobre as fortunas dos líderes dessas igrejas, compostos na sua
maioria, por pessoas pobres. Leia aqui e aqui matérias mostrando a riqueza de alguns
pastores.
Isso só mostra que a exploração da fé
rende muito dinheiro para alguns pilantras.
Não cabe ao Estado se meter nas religiões,
mas cabe ao Estado cobrar os impostos devidos, já que é uma atividade lucrativa,
aliás isso é Bíblico, “daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
As isenções de impostos precisam ser
associadas ao desenvolvimento do país ou setores mais sensíveis da economia.
Seria fundamental isentar mais faixas salariais, fazendo assim com que o
consumo aumente.
Além disso, os deputados e senadores
cobram o equilíbrio fiscal, palavras bacanas para cortar gastos sociais. Cálculos
de especialistas apontam que, se a proposta for aprovada, vai significar uma
renúncia fiscal de R$ 1 bilhão!
A ampliação da imunidade tributária para
as igrejas auxilia as pessoas ricas em detrimento dos pobres. Por outro lado, é
necessário aumentar a fiscalização da Receita Federal sobre esses pastores
milionários.
27.2.24
Política, mentiras e armações diversas
Ontem conversei com uma querida amiga que se nega a falar sobre política. Ela teve uma experiência pessoal que a deixou muito magoada por isso quer distância desse tema. No fim da conversa ela disse que não “há verdades” nos políticos.
Gostaria de partir disso: não existem verdades absolutas, mas sim visões das "verdades".
Imagem da Terra Plana
Imagem de <a href="https://br.freepik.com/vetores-gratis/planeta-bonito-do-planeta_1103753.htm#query=terra%20plana&position=26&from_view=keyword&track=ais&uuid=5a0c1010-e906-4ea2-b42e-9ebaf6e1368b">Freepik</a>
Imagem de um "político honesto"
semelhante à imagem da Terra Plana - Fonte: Poder360
Quando estudante, aprendi que as verdades podem ser
fabricadas. Mesmo diante de imagens, ela, a verdade, pode ser mudada. No caso
de uma reportagem filmada a narrativa – palavra da moda – pode ser alterada
pela simples posição da câmera. Podemos afirmar que a fotografia revela uma
verdade diferente a depender do ângulo revelado.
Mas não podemos brigar com o fato em si. Ele existe, mas a
interpretação, ou leitura desse fato, depende da visão de mundo de cada um,
seja jornalista, acadêmico ou um cidadão comum como eu.
Na minha maneira de pensar os políticos, gestores e agentes públicos têm o dever de não mentir. Quando o fizerem devem ser severamente punidos, com a perda do cargo e, principalmente, dos vencimentos.
Hoje temos uma lista enorme de mentirosos provados. Ex-presidentes
da República, militares de alta patente, Governadores de estados, juízes,
desembargadores, senadores, deputados etc. As mentiras dessas pessoas
normalmente resultam em crimes ou acobertamento deles.
Na questão que envolve crimes de políticos existe uma arma
terminal: o voto! Mas a mentira é consagrada nas urnas, como vemos hoje no caso
de deputados e senadores, que compõem a maioria do Congresso Nacional, que se
defendem com novas mentiras, hoje chamadas de fake News.
Tal punição exigiria uma educação política acurada, que
poderia ser adquirida nas aulas de Língua Portuguesa, História, Geografia, Sociologia,
Matemática e demais disciplinas que compõem o currículo escolar. Um razoável
conhecimento de Biologia evitaria o negacionismo envolvendo vacinas, por
exemplo. Conhecimentos de Matemática, combinado com História e Geografia,
evitaria o surgimento dos terraplanistas.
Muitas vezes bastaria uma boa interpretação de texto para
escapar da burrice.
Isso tudo para dizer que existem políticos honestos e
decentes, ao longo da minha vida conheci alguns. Todos seres humanos, portanto
sujeito a erros, que, a depender da gravidade dos erros, devem ser excluídos da
vida pública.
26.2.24
Av Paulista: show de horrores no dia de ontem
Ontem a Av.
Paulista apresentou um show de horrores!
As
bandeiras do Brasil e de Israel assumiram o protagonismo do Carnagado (ou
Micagado) deixando a bandeira dos EUA relegada a segundo plano.
A coerência
não é o forte dos bolsonaristas e menos ainda a inteligência.
Nas redes sociais os vídeos se
destacaram, com muita confusão, tanto teórica quanto teológica.
Abaixo uma pequena amostra.
Nesse vídeo vê-se o uso de um hino da esquerda embalando o delírio bolsonarista. As pessoas não entenderam a letra da canção, ou a realidade e a história do país. É um baixo nível de cognição que impressiona.
Via Twitter
Esse outdoor serviu para os bolsonaristas posarem para fotos. Nele estão o Bibi Netanyahu e o Bolsonaro. O termo em hebraico diz "GENOCIDAS".
Via Twittir
Também são especialistas em mentir, aqui e em além mar. nesse caso o português em questão diz que foi intimidade pela PF no aeroporto, mas na verdade, ele tentou entrar para trabalhar no Brasil, a serviço do "Chega" usando visto de turista.
Mas o ponto alto da festa foi esse vídeo! Vejam vocês mesmos.
Depois o
Tarcísio de /freitas, esse carioca que não conhece São Paulo, mas foi escolhido pela
maioria da população desse estado para governá-lo. Parecia missa de corpo
presente, com direito a cancelamento de CPF.
Também tivemos o discurso do “pastor”
Malafaia. Parecia Bolsonaro no 7 de setembro de 2021! Muita ferocidade, ameaças
ao STF, ao Alexandre de Moraes e às urnas eletrônicas. Parece-me que ele quer
ser preso para assim se cacifar como candidato a presidente da República em
2026.
O ponto
alto foi o discurso de Bolsonaro. Não pela qualidade, mas pela sinceridade, ou
um verdadeiro “sincericídio,” ao confessar as armações prévias do golpe. O que
ele se negou ao falar no depoimento do Polícia Federal ele afirmou ao vivo, para
200.000 pessoas presentes.
Ele assumiu a história da minuta golpista e as conspirações. Veja com seus próprios olhos e ouça com seus próprios ouvidos: