14.11.24

O Brasil está doente de ódio

 


Por estes dias, lembrava ao meu filho, do tempo em que a convivência com pessoas que pensavam a política de maneira diferente eram amigas e tinham relações de carinho e afeto. E nem faz tanto tempo assim.

Mas, com o surgimento do “bolsonarismo” e todas as mensagens preconceituosas que ele trouxe, juntamente com MBL, Vem Pra Rua e outros assemelhados, o país mergulhou no ódio.

Desde então é uma sequência de episódios violentos e alguns ainda impunes.

Assassinatos no varejo por conta de discordâncias políticas, o ex-presidente (inelegível) ameaçando fuzilar opositores, bravatas dizendo que não mais obedeceria a lei, incentivo para os seus seguidores darem a própria vida para defender uma “liberdade” supostamente ameaçada, pregação de ódio contra gays, negros e povos originários, enfim, um grande clamor pelo ódio.

Coroando esses episódios podemos citar as ocorrências em Brasília, com a depredação de veículos e tentativa de invasão do prédio da PF, atentado à bomba (não se efetivou) no Aeroporto da capital da República às vésperas do Natal e os atentados contra os prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto.

O que eles têm em comum? Foram cometidos pelos radicalizados de direita, bolsonaristas e permanecem impunes, principalmente no que diz respeito aos financiadores e ideólogos.

Tal impunidade, somada a linguagem do ódio praticado por lideranças políticas levaram ontem ao atentado cometido por um homem em Brasília, que resultou na sua própria morte.

Puxando pela memória, me ocorre o atentado do Rio Centro, que por pouco não acabou em grande tragédia, vitimando apenas os “supostos” executores do plano macabro, que consistia em colocar bombas no Rio Centro, por ocasião das comemorações do 1º de Maio de 1981.

Na ocasião morreram um dos autores, um sargento e um capitão ficou ferido. O plano não deu certo, mas o potencial de destruição e morte eram enormes. Mais de 20.000 estavam no pavilhão para as comemorações do 1º de Maio e os militares planejaram atribuir aos grupos de esquerda e assim justificar um maior fechamento da ditadura.

Resta-nos esperar as investigações para sabermos quem está por trás do atentado de ontem ou se o episódio não passou de um gesto tresloucado de um fanático do bolsonarismo.

13.11.24

Redução da jornada de trabalho

Redução na jornada de trabalho

Faz muito tempo que não vejo uma pauta tão unificadora como o combate à jornada 6 x 1!

Mobilizou boa parte da esquerda e vários setores da população. Isso como resultado do movimento VAT (Vida Além do Trabalho) que resultou na eleição do vereador Rick Azevedo (PSOL/RJ).

Ao mesmo tempo a deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP) busca assinaturas para o projeto que proíbe a jornada 6X1. Claro que a ideia conta com apoio dos partidos políticos à esquerda e com a negativa por parte da direita e extrema direita. 

O PL, por exemplo, fechou questão contra e apenas um deputado do partido assinou o encaminhamento do projeto.

É bom lembrar que a ideia da redução da jornada de trabalho, não só para os trabalhadores que fazem a jornada 6x1, mas para todos, não é nova. Em outras legislaturas esse tema foi apresentado ao Congresso, sem sucesso.

Por parte da direita apareceram muitos argumentos mentirosos, especialidade desses agrupamentos.

O jornal Vermelho, cita a OIT (organização Internacional do Trabalho) e mostra que as jornadas de trabalho dos países do G7 são as seguintes: Canadá (32,1 horas), Alemanha (34,2), França e Reino Unido (35,9), Itália (36,6), Japão (36,6) e Estados Unidos (38). Já no Brasil a jornada média é de 39 horas.

Alguns dirão: os países do G7 (ricos) não valem. Temos que olhar outros países. Então vejamos:

  • Butão 54,4 horas
  • Emirados Árabes Unidos 50,9
  • Catar 48
  • Índia 46,7
  • China 46,1
  • Colômbia 44,2
  • Turquia 43,9
  • México 43,7
  • Peru 43,1
  • África do Sul 42,6
  • Angola 41,4
  • Cuba 41
  • Chile 40,4
  • Rússia 39,2
  • Brasil 39
  • Venezuela 38,7
  • Coreia do Sul 38,6
  • Israel 38,5
  • MÉDIAMUNDIAL 38,2

Fonte: Vermelho.org.br

Sem dúvida é uma pauta que mobiliza a população e cabe aos partidos progressistas tomarem a frente dessa discussão.

Também é importante reforçar a participação nas redes, seja apoiando essa pauta ou divulgando os canais formais de participação no Congresso, ou ainda divulgando a maneira como os cidadãos e cidadãs podem participar nesses canais.

Além disso as Centrais Sindicais devem dizer aos seus filiados como votaram cada deputado e deputada. Essa é uma contribuição fundamental dos sindicatos para a formação política dos trabalhadores e trabalhadoras.

1.11.24

Caso Marielle: Ronnie Lessa é condenado a 78 anos de prisão e Élcio de Queiroz a 59

Segue matéria excelente da jornalsiya do ICL de Juliana Dal Piva.

Vale destacar que ela foi uma das jornalistas que "brigou" muito para que esse caso não caísse no esquecimento.

Parabéns para ela e demais integrantes da imprensa que não deixaram esse crime cair no esquecimento e nem compraram as declarações oficiais.

Parabéns ao ministro Flávio Dino que comprou essa briga e colocou a PF para elucidar o caso. 

                                                                    ICL Notícias - 31/10/24

Caso Marielle: Ronnie Lessa é condenado a 78 anos de prisão e Élcio de Queiroz a 59

Juliana Dal Piva - ICL

Os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados, nesta quinta-feira, 31, pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em março de 2018 e os réus estavam em julgamento desde a quarta-feira, 30.

Ronnie Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses. Élcio de Queiroz a 59 anos e 8 meses. “A Justiça chegou para os senhores”, disse a juíza Lúcia Glioche ao ler a sentença.

Os dois também deverão pagar juntos R$ 706 mil em indenização por dano moral para cada uma das vítimas: Ágatha, Arthur, Luyara, Mônica e Marinete, além de uma pensão para Arthur, filho de Anderson Gomes, até que o menino complete 24 anos.


27.10.24

Que democracia é essa?

                                    Será que representa a realidade do nosso país?

Mais uma eleição municipal chega ao fim e a principal pergunta que emerge, diz respeito ao fracasso de algumas candidaturas aos cargos de prefeitos e de vereadores do campo democrático e progressista.

No primeiro turno, tivemos uma vitória significativa das candidaturas de direita e extrema-direita, a meu ver essa vitória está alinhada com o sequestro do Orçamento da União feito pelo Congresso, no período do governo Bolsonaro, por meio do Orçamento Secreto.

As emendas pix não são as únicas responsáveis pelas derrotas das candidaturas progressistas. Ainda não aprendemos a linguagem das redes sociais e não conseguimos uma comunicação eficiente com a maior parte da população.

Some-se a isso a disseminação de fake news temos um quadro tenebroso.

Mas, sempre o “mas”, temos outras questões que devem ser consideradas. Nesse sentido tenho mais perguntas do que respostas.

Vamos lá:

Voto obrigatório

Isso enfraquece por demais a educação política e os partidos políticos. Deveríamos ter os partidos políticos se fortalecendo, buscando adeptos e filiados, com alguma semelhança de pensamento e ação.

O fim do voto obrigatório (veja esse artigo do Politize!) reforçaria o protagonismo dos partidos políticos

Profusão de partidos políticos

Nesse item o problema maior não está na quantidade, mas em determinar o objetivo de cada um deles.

Parece que os partidos atuais miram apenas o acesso aos fundos eleitorais.

Dos partidos existentes poucos são de fato representativos.

Vemos o PSD ocupando ministério no governo Lula e uma secretaria no governo Tarcísio, sendo que apresentam propostas políticas antagonistas.

Em Curitiba o candidato “oficial” do bolsonarismo foi “rifado” pelo próprio Bolsonaro que gravou vídeo de apoio ao candidato de outro grupo político. Tais eventos trazem inúmeras dificuldades para a compreensão política dos eleitores.

Aqui a lista oficial dos partidos políticos existentes no Brasil.

Financiamento de campanha

Embora considere correto o financiamento público de campanha, falta clareza e agilidade na prestação de contas.

Outra coisa são os valores! Deveriam ser fixados em lei, ligado ao orçamento federal. Hoje os valores são exagerados e a prestação de contas ineficientes.

Veja como funciona o financiamento público de campanha.

Justiça eleitoral pouco severa

Apesar de termos uma legislação considerada de forma geral, bastante eficiente, a aplicação da lei mostra-se ineficaz.

O caso da cidade de São Paulo é emblemático. Um dos candidatos praticamente gabaritou os delitos previstos pela lei eleitoral, tais como: compra de votos, disseminação de mentiras, falsificação de documentos, calúnias ao vivo nos debates etc.

Nada aconteceu até o momento.

Regulação das redes sociais

A ausência de regulação das redes sociais é um grande problema. Primeiro por ser uma arma de divulgação de mentiras, as chamadas fakes News, além do uso indiscriminado dessas redes.

Os candidatos que são jornalistas, por exemplo, devem se afastar dos seus meios, mas aqueles que usam as redes sociais não têm a mesma obrigação. Na eleição de São Paulo isso ficou bastante claro. O apresentador de TV José Luiz Datena teve que se afastar da TV, mas o coach Pablo Marçal continuou usando as redes sociais a todo vapor.

Quem representa quem nessa democracia?

Entre a população brasileira aptas a votar a maioria é de mulheres e de pretos.

Mas quando olhamos a composição do Congresso eleito em 2022 não temos o reflexo dessa maioria.

Quando olhamos a representação por ocupação o quadro é pior ainda. Temos muitos empresários e produtores rurais, além de uma infinidade de advogados, que não se sabe a quem representam.

Cabe ressaltar que todos foram eleitos, portanto têm mandato e representação popular, mas precisamos perguntar o papel da mídia e do poder do dinheiro nessas votações.


23.10.24

Carta ao povo de São Paulo

Boulos prepara os últimos atos de campanha para virar a eleição na capital paulista.

Veja aqui os passos decisivos para a virada.

Agora é Boulos!

Na matéria que segue veja os trechos mais importantes da carta, somados aos últimos passos da campanha:

Boulos lança carta para tentar reduzir rejeição e decide dormir na casa de eleitores

Aqui a Carta!

15.10.24

As emendas PIX venceram as eleições municipais

Segundo os analistas da grande mídia o Centrão ganhou as eleições municipais.

Isso, em parte, é verdade.

Temos uma realidade bastante complexa, com “novidades” na política que vira de cabeça para baixo nosso entendimento da política institucional. É nesse contexto que surgem “coahcs” messiânicos, estelionatários de várias matizes e demais oportunistas.

Mídia Ninja fez uma excelente matéria sobre as emendas pix, que faz com que consigamos compreender como o sequestro do Orçamento fez a vitória da direita e extrema-direita.

Nós, cidadãos comuns, não nos atentamos aos votos que elegem senadores e deputados. Os partidos políticos, na sua maioria, também priorizam  os cargos executivos em detrimento dos legislativos.

Essa pouca atenção pode custar caro. Partidos de direita e extrema-direita estão atentos às vagas do Senado, serão duas em jogo nas eleições de 2026, que poderão levar a enormes modificações na Constituição Federal e no ordenamento jurídico de forma geral.

Na eleição municipal conseguimos perceber como o sequestro do Orçamento garantiu a eleição de uma enormidade de prefeitos (no primeiro turno) e a ida ao segundo turno nas capitais, todos ligados à direita ou extrema-direita.

Bolsonaro não foi reeleito, mas isso não garantiu o fim do bolsonarismo, que continua campeando por todo o país, inclusive com algumas novidades que conseguem ser pior – se é que isso é possível – como o surgimento do Pablo Marçal em São Paulo, por exemplo.

Precisamos – nós os progressistas e democratas – voltar os olhos para os cargos legislativos, até como forma de educação política da população.

É urgente também a educação política, com foco na Constituição Federal, nas escolas. Mais uma tarefa que deve ficar a cargo dos professores, tarefa esta que deveria caber aos partidos políticos, que durante muito tempo assumiram esse papel.

                                            @_politize

Um excelente instrumento de educação política pode ser encontrado aqui:

https://politizeeducacao.com.br/ 

4.10.24

O sionismo sequestra, mata e rouba terras dos palestinos

Certa vez, quando ainda era professor de cursinho, uma aluna me perguntou como entender o Oriente Médio. Usei um recurso que um colega usou na faculdade: “e no sétimo dia Ele descansou...”

Temos uma ampla bibliografia hoje para entender a origem dos conflitos e, para isso, é importante entender a origem dos estados que compõem essa região e o surgimento do estado de Israel

Para essa missão recomendo o livro Oriente Médio : A Gênese Das Fronteiras de autoria do professor Edílson Adão.




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Com essa visão fica mais fácil entender o quadro atual  da região.

E o que vemos hoje?

Uma grande “limpeza étnica” na faixa de Gaza, com a eliminação quase que completa da presença do povo palestino da região, seja pela expulsão do território (mais uma), seja pelo assassinato de mais de 40.000 seres humanos, números “modestos”, pois ainda não foi possível contar os mortos sobre os escombros.

Com a motivação de vingar um atentado terrorista e combater os militantes do grupo Hamas, os sionistas assassinaram milhares de pessoas, inclusive crianças e mulheres, em escolas, hospitais, campos de refugiados e instituições de ajuda humanitária.

Após o extermínio promovido na faixa de Gaza, as atenções voltaram-se para o Líbano, com a desculpa de combater o Hezbollah, com bombardeios indiscriminados e o deslocamento forçado de milhares de pessoas.

Cabe ressaltar que o conflito atual está escalando, tomando rumos de uma guerra regional, inclusive com o envolvimento do Irã.

Os sionistas estão roubando terras do povo palestino (desde o século passado), sequestrando (inclusive crianças) e matando impunemente.

E fazem isso com o apoio e cumplicidade dos EUA e União Europeia e com o olhar atônito e impotente da Organização das Nações Unidas.

Há solução para a grave questão do Oriente Médio? Muito difícil, mas penso que a existência de dois estados, um israelense e outro palestino, havendo o compromisso de ambos em respeitar as fronteiras estabelecidas.

30.9.24

Luna Zarattini para vereadora em São Paulo

Sugiro aos amigos e amigas que não possuem candidata a vereadora em São Paulo o nome de Luna Zarattini.

Veradora combativa, jovem liderança petista, sempre junto às causas populares e do lado certo da força!

Vejam o site dela:

Luna Zattini



27.9.24

Violência nas eleições municipais em 2024

 As eleições municipais estão batendo à porta e, dessa vez, vemos a violência política disseminada por todo o país, desde os municípios mais remotos até as grandes capitais, como São Paulo.

Essa linguagem da violência sempre esteve presente nos debates eleitorais, mas poucas vezes chegou-se as vias de fato, como agora.

Para além da cadeirada no debate em São Paulo, temos o registro de mais de 450 casos violentos nessa eleição, sem contar a violência verbal, que virou lugar comum com o advento do bolsonarismo e das redes sociais como rinha de disputa das campanhas.



Pouco se discute ideias e propostas, isso deu lugar a lacração nas redes sociais e as postagens estilo tiktok. Parece que a disputa por ideias se degenerou completamente.

Um candidato a prefeito de São Paulo afirmou numa entrevista que ele comparece aos debates não para divulgar ideias e propostas, mas sim para “causar”, ou seja, produzir cortes para as redes sociais.

Segundo o portal G1 temos mais de 400 casos de violência política nestas eleições.

Outra preocupação com relação à violência diz respeito a infiltração criminosa, conforme notícia da Agência Brasil, particularmente com a presença das milícias no Rio de Janeiro. O que antes era tema de novela e romances policiais saltaram para a vida real de forma impressionante.

Também conviemos com a violência de gênero, como o apoio do Congresso Nacional, que anistiou os partidos e coligações que fraudaram a lei com candidaturas de mulheres e negros servindo de “laranjas”. Como sempre nossa legislação é excelente, pena que sempre aparecem espertalhões prontos para burlá-las.

O nível de violência que vivemos em São Paulo faz com que tenhamos receio de uma violência ainda maior até o final do segundo turno. Resta torcer para que não termine em tiroteio!

No mais, sinto saudades dos tempos de convivência tranquila entre defensores de candidatos diferentes, hoje isso é impossível.

24.9.24

Celulares nas escolas. Proibir é a solução?

 

Tudo de que você precisa está dentro de um livro.

Seu filho não pode chegar à internet sem passar pelo livro.

Se não for capaz de escrever o que pensa e de entender o que lê, vai pra internet pra virar um idiota.

A internet está cheia de idiotas. Ela conseguiu dar palco pro canalha, pro invejoso.

A humanidade, vocês adultos sabem, não presta.

E você multiplica a potencialidade dessa maldade na internet...

Ziraldo

 O MEC anunciou semana passada que está elaborando medidas para banir os celulares das escolas.

Medida polêmica, mas, a meu ver, necessária, uma vez que os celulares estão sendo usados de maneira ruim pelas crianças e pré-adolescentes, fazendo da vida dos profissionais da educação um verdadeiro inferno.

                               A proibição dos celulares durante as aulas valerá em todo o Brasil. - 
                                                                        Fonte:  Getty Images/Reprodução
Quando essas traquitanas tecnológicas começaram a ganhar corpo o ideal seria tê-las como apoio no aprendizado e na pesquisa, mas esse ideal foi desvirtuado por completo e, a cada avanço dessas tecnologias modernas, aumenta o prejuízo no desenvolvimento de habilidades essenciais na formação do indivíduo.

Alguns países com pesquisa de ponta na educação já estão retrocedendo, principalmente com relação às crianças e pré-adolescentes.

É comum relatos de isolamento dos jovens entretidos com o celular e seus joguinhos, alguns deles muito mal-intencionados.

Quando olhamos os pátios das escolas na hora do intervalo, vemos um bando de autômatos, tais quais zumbis, presos às telas, ao invés das brincadeiras de antes.

Claro que o uso dos celulares, de maneira indiscriminada e mal-educada, não se faz só na escola, é um reflexo da sociedade, por isso serão necessárias campanhas junto ao público adulto para que alterem seu comportamento ao lidar com esses equipamentos.

Some-se as questões apresentadas o efeito nocivo da bets, esses malditos cassinos virtuais, que levam muitas pessoas, inclusive crianças e adolescentes ao endividamento.

É preciso fazer algo, imediatamente.

O que vocês acham da medida anunciada pelo MEC?

Não é possível que as redes sociais substituam a vida vivida!

18.9.24

Desencanto com a política

Vivemos no dia de ontem – 16/9/2024 – as repercussões do debate entre os candidatos à prefeitura da cidade de São Paulo, no qual o candidato José Luis Datena – apresentador de TV – desferiu uma cadeirada no também candidato Pablo Marçal, ex-coach e picareta assumido.

Isso aconteceu ao vivo num debate entre os candidatos realizado pela TV Cultura.

Pablo Marçal é um arruaceiro, que provoca os adversários, via redes sociais e nos debates, desrespeita-os e faz as mais diversas acusações – sem apresentar provas.

Uma hora iria dar ruim. E deu.


Esse episódio foi péssimo, em razão do descrédito que a política recebe da maioria da população, contando com a contribuição decisiva dos maus políticos que, infelizmente, compõem a maior parte do Congresso.

Nos meus grupos de amigos demos muitas risadas com o festival de memes que brotaram a partir do episódio.

Num desses grupos, recebi uma reflexão que me chamou muita atenção, leiam:

Se eu já andava com ranço de políticos e de discussões políticas... agora só tenho mesmo vontade que o voto deixe de ser obrigatório pra mim nem ter que me dar ao trabalho de prestar atenção nas eleições.

Essa afirmação me preocupa, sobretudo quando parte de uma pessoa por quem nutro carinho especial e muita admiração, afinal ela é uma excelente educadora e a considero uma boa amiga, com quem aprendi a conviver na Faculdade de Educação, além do saudoso bar dos Cornos.

Existem vária maneiras de fazer política, não é só a partidária, tenho certeza de que ela sabe disso. Fico aqui pensando, se uma pessoa sabida como ela tem esse desencanto,  imagine o cidadão e a cidadã com dificuldades de compreender toda essa zona que fizeram no nosso país...

Ainda temos os movimentos ambientalistas, por educação, por moradia, transportes etc.

Também sou contra a obrigatoriedade do voto, mas por outras razões que talvez difiram do simples desencanto. Penso sempre que os partidos deveriam cumprir o papel de educação política, assim como os sindicatos, associações de bairro etc. Deveriam se fazer presente no nosso cotidiano.

Se não houvesse obrigatoriedade do voto os partidos deveriam trabalhar por 4 anos para, em primeiro lugar, convencer as pessoas a votar explicando o porquê do voto, para depois tentar conquistar esses votos.

Essa amiga  você é muito jovem para esse desencanto e ainda tem a responsabilidade de educar duas moças.

Não desista.

Pense em Darcy Ribeiro, Antônio Cândido, Florestan Fernandes...Quantas derrotas tiveram? E nunca desistiram, mesmo perdendo quase sempre.

13.9.24

Essas pesquisas eleitorais nos deixam loucos

Nesta semana foram divulgadas várias pesquisas de intenção de votos para as prefeituras, com especial destaque para as capitais mais importantes do país. Nas pesquisas desponta o confronto entre o bolsonarismo e os progressistas.

São Paulo, sendo a maior cidade do país, ganha muito destaque nessa disputa, com Boulos de um lado – apoiado pelo presidente Lula – e os candidatos do bolsonarismo com o atual prefeito Ricardo Nunes, apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro e Pablo Marçal, um bolsonarista mais radical do que o próprio Bolsonaro.


As pesquisas surgem como fantasmas. Às vezes trazendo esperanças para um lado, outras vezes desalento.

Precisamos lembrar que pesquisas são “fotos” de momento. É preciso levar em conta as metodologias de cada instituto, principalmente com as datas da realização da ida ao campo e da forma de coleta dessas informações.

Também faz sentido observar os acertos das pesquisas eleitorais recentes, principalmente as últimas presidenciais.

7.9.24

Até tu Sílvio?

Até tu Silvio?    

              

           Sílvio Almeida - ex-ministro dos Direitos Humanos Fonte: Metrópoles


        

                        Meus heróis morreram de overdose

                        Meus inimigos, estão no poder...

 

São três anos de atuação no programa de igualdade de gênero e sustentabilidade, aprendendo com as mulheres o quanto o patriarcado oprime e, para a surpresa de zero pessoas, em todas as turmas em média 50% das participantes relataram relacionamentos abusivos.

Sendo assim porque me surpreender com mais um caso de importunação sexual, principalmente com homens em posições de destaque e cargos superiores, uma vez que entre as mulheres daqui não houve surpresa?

Isto é provável porque eu li os livros de Silvio Almeida, eu assisti palestras dele e me emocionei com seu discurso de posse no Ministério dos Direitos Humanos. Não consegui compreender que uma pessoa que defende os direitos humanos, logo defende minorias sociais como mulheres, poderia…

Há tantas mentiras, distorções e difamações nestes tempos que talvez pudesse ser algo desse tipo, como disse o próprio em sua defesa, usando equivocadamente as estruturas do próprio ministério.

Pôxa era o Silvio, ele leva a bandeira dos direitos humanos e eleva a outro patamar a causa dos invisibilizados: “vocês existem e são importantes para nós”. Era só a fase denegação que ainda não tinha vivenciado.

Não se pode entrar em negação e deixar uma mulher vítimizada esperar ou se pronunciaré preciso agir rápido e com descrição. Ele não se afastou na hora ou se desculpou, era um indício claro. Desconfiei…

Embora não se deva misturar a causa dos direitos humanos à pessoa, a causa é muito maior, vamos penar por um bom tempo por conta dessa constrangedora exposição e equívocos políticos em série.

Minhas desculpas a todas que foram oprimidas, justamente por quem às deveria defender, e eu nem sequer às defendi no primeiro instante que soube do ocorrido!

É Silvio... Eu estava certo quando, ao concluir a leitura de Racismo Estrutural, pensei comigo que também o machismo era estrutural: ele está em todos nós formados nesta sociedade desigual e patriarcal.                                                                

Aperto na mente

Blog do Toni


De volta

 Bom dia!

Amigas e amigos estou de volta. Depois de um tempo afastado por conta de uma intercorrência médica, que culminou com uma amputação do dedo do pé, volto aqui nesse momento tão delicado para o campo progressista.

O país sendo atacado por uma extrema direita raivosa, comandada por forças milionárias, um estranho fenômeno tomando conta de nossa gente, influenciados por coachs picaretas e o charlatanismo religioso.

Para completar ainda tmos pessoas do nosso campo fazendo besteiras homéricas.

Vamos pensar um pouco sobre o que está acontecendo?

Vou começar publicando um texto de um amigo de labuta pedagógica, hoje cidadão baiano, com direito a "cidadania", Tarcisio "comunista".

27.5.24

Os crimes nossos de cada dia

As leis brasileiras são boas, quase sempre, mas, ao se prender em detalhes deixa o cobertor curto. Isso se aplica aos casos mais simples e outros mais complexos.

No caso dos crimes de trânsito a aplicação da gravidade (ou não) depende da classe social do criminoso e da vítima, representado tipo e modelo de carro do criminoso. Tal fato reflete-se na cobertura da mídia, como no caso recente onde um  “Porsche” virou o assassino de um motorista de aplicativo, como se o carro tivesse vontade própria e resolvesse dirigir a 150 km por hora numa via limitada a 50 km por hora.

Outros crimes tendem a ser desprezados, como os crimes eleitorais e ambientais, para ficar em apenas dois exemplos.

Então se tolera o abuso do poder econômico numa eleição, rebaixando-o a um crime menor e sem importância, fato que fere frontalmente o processo democrático, dando privilégios aqueles que tem mais recursos em detrimento daqueles que não possuem tais recursos.

Da mesma forma os crimes ambientais são tratados, quase sempre com base em questões econômicas, afirmando que a proteção ambiental prejudica as atividades econômicas, tais como a pecuária extensiva ou as monoculturas exportadoras.

Em todos esses casos as consequências são danosas para as pessoas e para a sociedade.

16.5.24

Rio Grande do Sul: quem é responsável? (Parte III)

"A natureza não deve ser nossa inimiga. Cabe, portanto, reestabelecer uma relação harmônica, visando o bem-estar da população e um meio geográfico adequado. No nosso país urge, igualmente, reduzir as desigualdades econômicas, pois os mais pobres são geralmente os mais afetados pela crise ambiental.”

Geografia: uma possibilidade de saída para a crise que enfrentamos

Esse trecho da carta aberta da comunidade de professores do Departamento de Geografia da UFRGS sobre a calamidade climática de maio de 2024, publicada em 10/05/2024, pode ser considerado um guia para orientar os políticos do Rio Grande do Sul e do Brasil, desde que passem a confiar na ciência e levem a sério a construção de um projeto de nação que abarque todos os brasileiros e os que aqui vivem.

Também ressalta a importância de resolvermos a crise ambiental, de forma urgente.

Precisamos atentar que tal crise climática é fruto de uma sociedade de consumo sem limites e da consequente busca incessante do lucro.

Fonte: Mídia Ninja - Crise Climática ocasiona maior enchente do Rio Grande do Sul • 14/05/2024 • Porto Alegre (RS)


Precisamos de regramentos econômicos que , primordialmente, se preocupem com a vida humana, por isso a necessidade de não apoiar, como se faz hoje, o agronegócio, mas sim a agroecologia.

Mas como fazer isso com um Congresso como esse que elegemos? Como fazer isso num governo de coalisão, no qual o dito Congresso se apropriou do Orçamento da União. E pior: como retirar da administração pública pessoas tão ruins e pessimamente preparadas?

No episódio que ocorre no Rio Grande do Sul, mas não só, há um show de horrores. Vereador propondo retirar a cobertura vegetal, alegando que o peso das árvores faz com que haja queda de barreiras, prefeito que não aparece na cena da catástrofe, governador que elabora mensagem para barrar a solidariedade do país para com o seu povo...

Esse, pelo menos, pediu desculpas pelas bobagens proferidas.


O jornal Congresso em foco fez uma matéria elencando 28 medidas que tramitam no Congresso prejudiciais ao ambiente, dentre elas uma “reforma” no Código Florestal e o auto licenciamento ambiental. O que já é ruim vai piorar muito!


Podemos dizer, sem medo de errar, que dentro do capitalismo não resolveremos essa crise e as outras que virão.

 

 

15.5.24

Rio Grande do Sul: quem é responsável? (Parte II)

Então está claro que temos responsáveis, por despreparo ou por ideologia, de prefeitos e governador do Estado, além, obviamente, do sistema.

Vamos colocar exemplos, que foram estampados na mídia, de questões que combinam o neoliberalismo com questões do cotidiano da população.

O primeiro exemplo vem de Eldorado do Sul, onde o prefeito Ernani Gonçalves(PDT) terraplanou um terreno de Área de Proteção Ambiental (APA), às margens do rio Jacuí, obra realizada por uma empresa da família do prefeito.


Fonte: ICL Notícias – 15/05/24

Um crime que cometido nesse local contribui imensamente para a enchente no município e em toda a região. Não é culpa exclusiva, mas ofereceu contribuição decisiva para o conjunto da obra.

Outro exemplo gritante é o de Porto Alegre.

De acordo com o jornal Sul 21 os “ex-diretores do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), do extinto Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e da recém-privatizada Corsan  em conjunto com outros especialistas na área, assinam um manifesto em que sugerem uma série de medidas a serem adotadas para reforçar o Sistema de Proteção Contra Inundações de Porto Alegre e facilitar o processo de vazão da atual inundação que atinge a cidade. Na abertura do manifesto, os signatários defendem que o atual sistema é “robusto, eficiente e fácil de operar e manter”, mas que não está operando adequadamente pela falta de manutenção.”

Podemos deduzir que o sistema não funcionou por obsolescência e por descaso da administração municipal.


Porto Alegre inundada pelas águas do Guaíba. Foto: Isabelle Rieger/Sul21 – 14/05/24

Já no que diz respeito ao governo do Estado vimos ontem (14) um pronunciamento confuso do governador, afirmando que as doações, de certa forma, atrapalham o comércio local.

Reparem, a população do Rio Grande do Sul depende das doações que chegam do país e até do exterior, para sobreviver. São toneladas de alimentos, roupas, água, cobertores etc. e o governador faz esse tipo de alerta. O que será que ele espera que aconteça a partir daí?

A mensagem parece clara: não doem mais nada, comprem do comércio local, mesmo que ele esteja destruído e embaixo d’água.


“X” – 14/05/24.

14.5.24

Rio Grande do Sul: quem é responsável? (Parte I)

 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d0/Bacias-hidrograficas.jpg/950px-Bacias-hidrograficas.jpg?20180910014339

Neste momento o mais importante é a solidariedade e o socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

No entanto, não podemos e não devemos partidarizar as discussões, mas isso não significa não politizar tais questões. A discussão política e, particularmente, de políticas públicas envolvendo as questões ambientais e de prevenção aos desastres é fundamental.

É muito difícil hierarquizar os problemas envolvidos, por isso escolhi, em primeiro lugar, os responsáveis diretos pelo socorro em primeira mão: os prefeitos e prefeitas.

Atuam na ponta, em contato direto com a comunidade e respondem por elementos fundamentais, como podemos observar pelo caso de Porto Alegre, com as comportas de contenção do Guaíba enferrujadas e sem manutenção adequada.

Some-se a isso a incapacidade de lidar com o fenômeno apresentado, até por não ser esse primeiro episódio de enchentes monumentais, não faz um ano que aconteceu algo muito semelhante.

Ficando ainda com o caso de Porto Alegre vimos um show de incapacidade técnica, liderança e despreparo do prefeito.

Isso se repetiu, em maior ou menor grau, em todos os municípios afetados pelas enchentes.

Depois temos o governo estadual, que cuidou de mutilar as leis ambientais do Estado, advogando em prol do agronegócio e da especulação imobiliária, que, sedentos de lucros, ignoraram a ciência completamente.

Outra característica desse governo foi o total desprezo aos movimentos sociais, dentre eles os ambientalistas.

Nesse campo temos que responsabilizar também o legislativo estadual, que, com as honrosas exceções dos partidos de esquerda, cuidaram de apoiar o governador e buscar apoio aos grandes latifundiários das suas bases eleitorais, financiadores de suas campanhas.

Falta ainda a fatia que cabe ao Congresso Nacional, com destaque para a direita e extrema-direita, que sempre coloca à frente os interesses da economia em detrimento dos seres humanos.

Nesse sentido temos assistido a deputados e senadores mais preocupados em lacrar na Internet do que em aprovar leis que beneficiem a população.

Na ponta disso tudo temos os eleitores, que se deixaram levar pelas fakenews e caíram na conversa do estado mínimo, criando no seu imaginário que tudo que é público é ruim e o setor privado tudo resolve.

6.5.24

A mídia e a 3ª via

Faz tempo que a mídia nativa vem buscando uma “3ª Via” na tentativa de derrubar Lula e um projeto de centro-esquerda para o país.

Esse esforço da mídia e o equívoco da pouca atenção estratégica às eleições legislativas vem forçando uma composição cada vez mais a direita por parte do PT e do seu candidato.

Para refrescar a memória, tivemos Collor de Mello – o caçador de marajás –, depois Lula derrotou José Serra, dando início a um período de polarização entre PT e PSDB, marcando uma derrota ímpar da mídia hegemônica que se dividiu.


Na reeleição de 2006 houve maior equilíbrio por parte da mídia, pois o Lula não se mostrou tão feio assim no primeiro mandato, embora cercado pelo escândalo do chamado mensalão, ainda assim a eleição foi decidida no segundo turno, com Lula obtendo pouco mais de 60% dos votos no segundo turno derrotando o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

Quando Lula indicou Dilma para sua sucessão a mídia resolveu se mexer e escolheu José Serra como a melhor opção para o Brasil. Foi ungido como a melhor alternativa para o Brasil pós Lula. Não deu certo. Dilma venceu com 55% dos votos válidos.



Para a sucessão de Dilma a mídia resolveu mudar de assunto, mas não muito e buscou uma alternativa dentro do PSDB mesmo, o herdeiro de Trancredo Neves foi o escolhido e o nomde de Aécio Neves passa a fazer parte do cenário nacional.

Também não deu certo. Dilma venceu com 51,5% dos votos e Aécio deu voz a necessidade de impossibilitar um novo governo do PT. Acabou aí a convivência civilizada da polarização até então existente.


Apoiado por um Congresso horrível, que só perde para o atual, Eduardo Cunha começou com as pautas bombas, inviabilizando de fato o governo, levando ao impeachment da presidenta.

Veio o Temer, seguido por Bolsonaro e, depois de 2022, Lula voltou. Novamente num governo de frente ampla, tendo que recorrer ao fisiologismo do Congresso, com o agravamento da conquista de parte importante do Orçamento da União por parte dos senhores deputados e senadores.

Todos esses momentos apresentaram um dado em comum: o pavor das elites conservadoras ao Lula e a busca, às vezes desesperadas, por uma alternativa democrática de direita!

Embora ainda faltem mais de 2 anos para a próxima eleição presidencial a cena se repete: a direita busca um representante “confiável”, perfumado e que saiba usar talheres à mesa.

O nome da vez é o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas. O governador que não sabe andar pela capital de São Paulo, que nunca morou em São Paulo e que foi escolhido pelo povo paulista como seu governador.

Bolsonarista moderado, como a mídia quer vende-lo, não existe! Se é bolsonarista, por definição, não pode ser moderado.

Será que a imprensa corporativa vai cometer esse equívoco novamente?

2.5.24

Professora agredida por corrigir aluna

Ontem (23/04) a mídia estampou a seguinte notícia:

“Aluna diz que Moraes acabou com leis, professora corrige e é ameaçada

Professora recebeu atestado médico para ficar afastada das atividades por um mês, e família da estudante pediu transferência da aluna

Alan Rios

24/04/2024 11:47, atualizado 24/04/2024 13:17

Uma professora de escola pública do Distrito Federal foi ameaçada após corrigir uma aluna que escreveu em uma redação que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia acabado com as leis no país. A mãe da estudante disse que não aceitaria que a filha fosse “doutrinada” e que “esfregaria o celular na cara” da educadora para mostrar que a docente estava errada.”

A noticia acima se encontra no portal Metrópoles.

Vejam, a aluna registra num documento escolar uma informação incorreta, é corrigida, de forma muito assertiva pela professora, liga para mãe reclamando da professora e esta é ameaçada de agressão física pela genitora.

Vamos por partes. Por que isso acontece? Por que um bando de moleques mimados e incultos foram empoderados no distante ano de 2013, no auge da prática que ficou conhecida como antipolítica, que se manifestou “contra tudo isso que está aí”, embora ninguém soubesse precisar o que fosse isso.

Esses moleques imberbes e birrentos atendiam por diversos nome, tais como MBL e Vem pra rua, para ficarmos em dois exemplos que tantos prejuízos trouxeram à nossa vida política.

Parece-me que o excesso de tolerância com os MBLs e afins começa a apresentar a conta. A insegurança dos professores, obrigados a prática da autocensura e vivendo sob risco de eterna perseguição, está gerando mais doença, nessa categoria profissional que já se encontra no limite da saúde mental.

Deveriam ser proibidos? Não. Deveriam ter fóruns de manifestação, limitados as suas qualificações (?) para que pudessem intervir, só isso. Poderiam participar dos Conselhos de Escola, por exemplo, fazendo ali as disputas políticas no âmbito da unidade escolar, desde que limitados às suas funções e capacidades específicas.