21.2.07

Campanha da Fraternidade: política e geografia

A Campanha da Fraternidade da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – lançada nesta quarta-feira (21/02), focaliza a Amazônia e os problemas decorrentes de sua ocupação/devastação. Leiam texto retirado da Agência Carta Maior:

Centrada no povo da Amazônia, “vítima, com freqüência, de esquecimento e discriminação, de graves conflitos, de violência e de sangue” e nos problemas da ocupação da terra e da exploração dos recursos naturais, onde “muitas vezes impera a lei da selva, a lei do mais forte, por causa da ausência, ou da ineficiência do Estado e de suas Instituições”, a CF sobre a Amazônia, segundo documento da CNBB, pretende nacionalizar um debate ainda espinhoso para o país: a atuação do grande capital na região, o desrespeito às leis e uma realidade onde “pessoas idealistas e generosas, que fizeram da solidariedade social o seu programa de vida e atuação, são vítimas de ameaças e da perda de suas vidas, como acontece com sindicalistas, agentes sociais e missionários, a exemplo de Ir. Dorothy Stang e tantos outros, em toda a Amazônia”.

Surpreendentemente a Campanha da Fraternidade “Fraternidade e Amazônia - Vida e missão neste chão” – clicando no título você acessará a página especial da CF – é patrocinada pela Companhia Vale do Rio Doce. A CVRD é acusada por muitas organizações de base da igreja católica de ser responsável por grande parte do desmatamento na Amazônia, além de ser acusada de ser co-responsável por crimes como o do trabalho escravo, por exemplo.
Embora reconheçam a necessidade, urgência e propriedade do tema, estas organizações criticaram também a forma como se deu o lançamento, que teve um caráter de “super-evento”, privilegiando convidados especiais em detrimento do povo e dos movimentos sociais.
Caso deseje ler a reportagem completa clique aqui.

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