1.8.07

Ainda sobre a tragédia com o avião da TAM

Hoje a Folha de S.Paulo publicou interessante matéria sobre a tragédia que vitimou mais de aproximadamente 250 pessoas no aeroporto de Congonhas. Clique aqui para lê-la, mas só se for assinante da Folha ou do UOL.
A manchete: Caixa-preta do Airbus indica falha de piloto.
Parece ser este o caminho mais fácil e mais tranqüilo: culpar quem já não pode se defender.
Qual a razão desse enorme silêncio sobre os problemas nas empresas aéreas?
Por que a indicação, a partir das notícias e dos pronunciamentos dos integrantes da CPI do “Apagão Aéreo”, no dia de hoje, não pode apontar para falha na manutenção das aeronaves ou nos equipamentos computadorizados do avião?
Aqueles que se interessam por informação/reflexão sobre o acidente, recomendo a leitura dos blogs do Luis Nassif (clique aqui) e do Paulo Henrique Amorim (clique aqui). Outro que está dando show de bola em análise crítica é o Cidadania.com (clique aqui), do Eduardo Guimarães.
Das últimas leituras que fiz, uma me impressionou bastante: a entrevista de Marilena Chauí ao Conversa Afiada – blog do Paulo Henrique Amorim.
Noves fora o tom apaixonado de sempre, ela vai no “x” da questão com relação a forma como parcela da elite tenta orquestrar o golpe contra o governo Lula.
Confesso não entender a razão, pois o atual governo não alterou um centímetro dos privilégios que os de sempre gozaram e gozam neste país, sem querer citar aquela sexóloga que ocupa o Ministério do Turismo.
Leia um trecho:
Mas de todo o aparato espetacular de exploração da tragédia e de absoluto silêncio sobre a empresa aérea, que conta em seu passivo com mais de 10 acidentes entre 1996 e 2007 (incluindo o que matou o próprio dono da empresa!), o que me deixou paralisada foi o instante inicial do “noticiário”, quando vi a primeira imagem e ouvi a primeira fala, isto é, a presença da guerra civil e do golpe de Estado. A desaparição da imagem do incêndio e a mudança das falas nos dias seguintes não alteraram minha primeira impressão: a grande mídia foi montando, primeiro, um cenário de guerra e, depois, de golpe de Estado. E, em certos casos, a atitude chega ao ridículo, estabelecendo relações entre o acidente da TAM, o governo Lula, Marx, Lênin e Stálin, mais o Muro de Berlim!

Para ler a entrevista clique aqui.

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