A insanidade toma conta de nossos pensamentos e argumentos.
As pessoas lêem de forma simplista tudo o que está escrito.
Recebi um longo e-mail de um aluno do cursinho que criticava, de forma honesta e transparente, duas posições minhas que, segundo ele, estão presentes nos meus textos e nas minhas aulas, a saber: críticas descabidas ao Arnaldo Jabor e defesa do Lula.
Quanto ao primeiro afirmei não suportar os clichês e sua deselegância no trato com aqueles de quem diverge.
Chamar o presidente Hugo Chávez de “leão de chácara de sauna gay” ou o presidente Evo Morales de “indiozinho cocaleiro” é o cúmulo do preconceito e nada acrescenta à suposta crítica política. Eu já ouvi essas referências várias vezes nos comentários que Arnaldo Jabor comete na CBN.
Também a violência contra o Estado e a conseqüente defesa do neoliberalismo causa estranheza nesse “cineasta” que só produziu enquanto existia a EMBRAFILME, aquela estatal de cinema da época da ditadura militar.
Como nossa memória é curta ninguém lembra das odes à FHC, nas palavras do próprio Jabor um grande estadista. Veja trecho de uma de suas crônicas:
“FHC foi uma exceção na história da república; foi um acaso político que um homem de sua estatura chegasse ao poder. O Lula também é um caso excepcional. Ambos são filhos do mesmo momento histórico, de 20 anos atrás, quando a redemocratização propiciou o surgimento de um partido de origem trabalhista como o PT e um partido ético, liderado por homens sérios e patriotas como Montoro, Serra, Covas e FHC, entre outros. Duas visões irmãs da social-democracia. Uma das grandes decepções de minha vida foi ver o PT atacando o velho companheiro FHC que distribuía panfletos com Lula em São Bernardo; foi ver a estúpida academia atacar seu colega FHC por rancor e inveja, foi ver que os intelectuais não percebiam que esse acaso histórico tinha de ser preservado contra os falsos cânones tradicionais, contra categorias formais de analise política.”
Leia a íntegra clicando aqui.
Para provar que o Arnaldo Jabor era criativo, crítico e sensacional o aluno me mandou um texto do Jabor que circula por estes dias com muita insistência pela rede. Detalhe: o texto não é do Jabor! A propósito, ouçam o que disse o próprio Arnaldo Jabor sobre tal texto clicando aqui.
Embora com todas essas críticas, não coloco toda a sua produção na lata do lixo, leio-o quando possível.
Vamos ao segundo ponto: defesa do governo Lula.
Só quem não me lê ou ouve para dizer isso, assim tão simples.
Tive o cuidado de reproduzir na resposta ao aluno, trechos dos textos do blog da semana toda. As inúmeras críticas que faço ao governo Lula e seus equívocos estão lá.
Só que não perco meu tempo criticando-o por ter colocado o boné do MST, critico-o sim por ter imobilizado a Reforma Agrária proposta pelo próprio PT, naquele programa coordenado pelo Plínio de Arruda Sampaio.
Não faço coro com as vaias da abertura do PAN, mas não dou nenhum desconto para a gastança inútil que foi esse PAN, lembrando que a prefeitura e o estado do RJ também arrombaram a festa, mas a santa iniciativa privada se lambuzou toda com dinheiro público.
Não entro nessa onda de culpar o governo Lula pela morte das mais de 200 pessoas no aeroporto de Congonhas, no desastre do avião da TAM, mas não o inocento da inoperância do sistema aéreo, das concessões ao “mercado” – principalmente GOL e TAM – sem esquecer que a produção de todo esse drama em Congonhas tem o DNA da maneira equivocada se fazer política no Brasil, passando pelas administrações municipais das décadas anteriores, com exceção de Luisa Erundina, além dos governos do estado e o "reinado do Príncipe".
É claro que os donos das vozes, os principais grupos de mídia do país, não toleram Lula. Mino Carta diz que é por puro preconceito.
Pode ser verdade. Lula não os desagradou e quando esteve perto de fazê-lo recuou sempre; vejam o caso do Conselho Federal de Jornalismo, da Classificação Indicativa dos Programas de TV, da TV Digital...
Não compactuo com o preconceito, com essa mídia de péssima qualidade jornalística e não vou andar de braços dados com a fina rapinagem tucana para derrubar um governo eleito de forma legítima.
Isso não quer dizer apoio incondicional ao governo Lula, claro que não, basta ler o que escrevo com atenção e sem preconceitos!
As pessoas lêem de forma simplista tudo o que está escrito.
Recebi um longo e-mail de um aluno do cursinho que criticava, de forma honesta e transparente, duas posições minhas que, segundo ele, estão presentes nos meus textos e nas minhas aulas, a saber: críticas descabidas ao Arnaldo Jabor e defesa do Lula.
Quanto ao primeiro afirmei não suportar os clichês e sua deselegância no trato com aqueles de quem diverge.
Chamar o presidente Hugo Chávez de “leão de chácara de sauna gay” ou o presidente Evo Morales de “indiozinho cocaleiro” é o cúmulo do preconceito e nada acrescenta à suposta crítica política. Eu já ouvi essas referências várias vezes nos comentários que Arnaldo Jabor comete na CBN.
Também a violência contra o Estado e a conseqüente defesa do neoliberalismo causa estranheza nesse “cineasta” que só produziu enquanto existia a EMBRAFILME, aquela estatal de cinema da época da ditadura militar.
Como nossa memória é curta ninguém lembra das odes à FHC, nas palavras do próprio Jabor um grande estadista. Veja trecho de uma de suas crônicas:
“FHC foi uma exceção na história da república; foi um acaso político que um homem de sua estatura chegasse ao poder. O Lula também é um caso excepcional. Ambos são filhos do mesmo momento histórico, de 20 anos atrás, quando a redemocratização propiciou o surgimento de um partido de origem trabalhista como o PT e um partido ético, liderado por homens sérios e patriotas como Montoro, Serra, Covas e FHC, entre outros. Duas visões irmãs da social-democracia. Uma das grandes decepções de minha vida foi ver o PT atacando o velho companheiro FHC que distribuía panfletos com Lula em São Bernardo; foi ver a estúpida academia atacar seu colega FHC por rancor e inveja, foi ver que os intelectuais não percebiam que esse acaso histórico tinha de ser preservado contra os falsos cânones tradicionais, contra categorias formais de analise política.”
Leia a íntegra clicando aqui.
Para provar que o Arnaldo Jabor era criativo, crítico e sensacional o aluno me mandou um texto do Jabor que circula por estes dias com muita insistência pela rede. Detalhe: o texto não é do Jabor! A propósito, ouçam o que disse o próprio Arnaldo Jabor sobre tal texto clicando aqui.
Embora com todas essas críticas, não coloco toda a sua produção na lata do lixo, leio-o quando possível.
Vamos ao segundo ponto: defesa do governo Lula.
Só quem não me lê ou ouve para dizer isso, assim tão simples.
Tive o cuidado de reproduzir na resposta ao aluno, trechos dos textos do blog da semana toda. As inúmeras críticas que faço ao governo Lula e seus equívocos estão lá.
Só que não perco meu tempo criticando-o por ter colocado o boné do MST, critico-o sim por ter imobilizado a Reforma Agrária proposta pelo próprio PT, naquele programa coordenado pelo Plínio de Arruda Sampaio.
Não faço coro com as vaias da abertura do PAN, mas não dou nenhum desconto para a gastança inútil que foi esse PAN, lembrando que a prefeitura e o estado do RJ também arrombaram a festa, mas a santa iniciativa privada se lambuzou toda com dinheiro público.
Não entro nessa onda de culpar o governo Lula pela morte das mais de 200 pessoas no aeroporto de Congonhas, no desastre do avião da TAM, mas não o inocento da inoperância do sistema aéreo, das concessões ao “mercado” – principalmente GOL e TAM – sem esquecer que a produção de todo esse drama em Congonhas tem o DNA da maneira equivocada se fazer política no Brasil, passando pelas administrações municipais das décadas anteriores, com exceção de Luisa Erundina, além dos governos do estado e o "reinado do Príncipe".
É claro que os donos das vozes, os principais grupos de mídia do país, não toleram Lula. Mino Carta diz que é por puro preconceito.
Pode ser verdade. Lula não os desagradou e quando esteve perto de fazê-lo recuou sempre; vejam o caso do Conselho Federal de Jornalismo, da Classificação Indicativa dos Programas de TV, da TV Digital...
Não compactuo com o preconceito, com essa mídia de péssima qualidade jornalística e não vou andar de braços dados com a fina rapinagem tucana para derrubar um governo eleito de forma legítima.
Isso não quer dizer apoio incondicional ao governo Lula, claro que não, basta ler o que escrevo com atenção e sem preconceitos!
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