26.10.07

A questão curda

A Turquia posicionou milhares de soldados na fronteira com o Iraque e ameaça uma operação de grande escala no país vizinho. O objetivo seria combater os integrantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que lutam por independência. Segundo a agência de notícias Anatólia, as Forças Armadas da Turquia já estariam realizando “ataques mirados” no Curdistão iraquiano desde o último domingo. No início de outubro, 13 soldados turcos foram mortos por guerrilheiros curdos. Dez dias depois, o Parlamento turco autorizou ações militares no norte do Iraque, local apontado como “base de adestramento de terroristas”. Em seguida, um confronto no sudeste da Turquia causou a morte de 12 soldados turcos e de 32 curdos. Outros 16 soldados ficaram feridos e oito estariam seqüestrados. Para Murat Karayilan, um dos principais líderes do PKK, o que está por trás da guerra iminente é a necessidade da Turquia de eliminar a autonomia curda no Iraque, “porque o Estado turco sabe que, enquanto existir uma federação curda no sul, será impossível controlar os curdos no norte”. A morte dos militares gerou um clima de comoção nacional e a população turca pressiona o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan para que opte pela via militar. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse publicamente ser contrário à invasão, porém, segundo o jornal turco Hurriyet, Washington estaria planejando uma operação em conjunto com Ancara. Os guerrilheiros do PKK afirmaram que, em caso de ataque, irão sabotar os oleodutos da região. Caros Amigos esteve no Curdistão, em março deste ano, para contar a saga do povo curdo, para entender o que está por trás de uma guerra silenciada que já dura mais de duas décadas e que já matou mais de 30 mil pessoas.

Leia a seguir a reportagem de Fernando Evangelista, publicada na edição 122 de Caros Amigos de maio de 2007(basta clicar no título):


Curdos: A Guerra Silenciosa

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