Ontem o Ato Institucional nº 5 fez 40 anos.
Em 13 de dezembro de 1968 os bandidos que derrubaram o governo legítimo de João Goulart, puseram no papel aquilo que já praticavam desde o fatídico 1º de abril de 1964: terror de estado, tortura, censura e tudo o mais que os fardados e os civis boquirrotos ousaram fazer, com apoio de uma parcela da classe média insossa e ignorante e de uma mídia alinhada com os EUA.
Nossa elite de merda temia perder uns poucos anéis com as Reformas de Base propostas pelo governo de João Goulart.
A mídia nativa, tão cretina quanto hoje, com Carlos Lacerda e os Mesquita à frente, compunham editoriais alertando para o perigo “vermelho”, brandindo contra o presidente “comunista” – como se um latifundiário, da estirpe de Jango, pudesse ser comunista!
O Estado de S. Paulo produziu caderno especial sobre o AI-5. Clique aqui para ouvir, ver e ler. O material é excelente do ponto vista técnico, pena omitir o papel do próprio jornal no golpe de 64 e, ainda por cima, nos dá a impressão, em muitos momentos, que tudo eram flores entre 64 e 68. Faz parecer que somente depois do AI-5 a liberdade foi cerceada. Não foi assim. Veja, por exemplo, o texto do AI nº 1 clicando aqui, ele data de 9/4/64.
Clique aqui e leia especial na Agência Brasil. Preste atenção aos links indicados, particularmente neste, que comenta sobre o papel da OAB neste episódio de tão amarga lembrança para os brasileiros.
O melhor texto, que nos dá a exata dimensão desse crime hediondo cometido pelos bandidos, de farda e também pelos sem farda, é o editorial de CartaCapital desta semana assinado por Mino Carta.
Lá pelas tantas Mino diz o seguinte:
“Diz o Estadão no seu suplemento que a sociedade brasileira apoiou o golpe. Que sociedade, caras-pálidas? Agrada-me, entre parênteses, usar o lugar-comum, tão apropriado, no entanto, para acentuar a palidez dos rostos privilegiados. Sim, a sociedade dos clubes faustosos, dos bairros elegantes, das redações abastadas, e do seu time aspirante, sequioso de ascensão. Enfim, dos democratas da democracia sem povo.”
Clique aqui para ler na íntegra, texto imperdível.
O Rodrigo Vianna fez ótima matéria na TV Record sobre o tema, clique aqui para vê-la.
O que mais me deixa triste é notar que tais episódios, essenciais para compreendermos nosso país, estão banidos dos programas de História da escola básica. Parece que não existiram. Costumo brincar com os amigos professores que a História do Brasil termina em Getúlio Vargas. Espero que a ousadia de algumas instituições universitárias, que têm cobrado o período mais recente da nossa história nos seus exames de ingresso, contribua para uma melhor reflexão sobre esses temas.
Para entender um pouco mais sobre o tema ou personalidade, basta clicar no título:
Atos Institucionais
Reformas de Base
Ditadura Militar no Brasil
Carlos Lacerda
João Goulart
No Youtube
Comício da Central do Brasil
Ditadura Militar no Brasil
Discurso de Márcio Moreira Alves
Em 13 de dezembro de 1968 os bandidos que derrubaram o governo legítimo de João Goulart, puseram no papel aquilo que já praticavam desde o fatídico 1º de abril de 1964: terror de estado, tortura, censura e tudo o mais que os fardados e os civis boquirrotos ousaram fazer, com apoio de uma parcela da classe média insossa e ignorante e de uma mídia alinhada com os EUA.
Nossa elite de merda temia perder uns poucos anéis com as Reformas de Base propostas pelo governo de João Goulart.
A mídia nativa, tão cretina quanto hoje, com Carlos Lacerda e os Mesquita à frente, compunham editoriais alertando para o perigo “vermelho”, brandindo contra o presidente “comunista” – como se um latifundiário, da estirpe de Jango, pudesse ser comunista!
O Estado de S. Paulo produziu caderno especial sobre o AI-5. Clique aqui para ouvir, ver e ler. O material é excelente do ponto vista técnico, pena omitir o papel do próprio jornal no golpe de 64 e, ainda por cima, nos dá a impressão, em muitos momentos, que tudo eram flores entre 64 e 68. Faz parecer que somente depois do AI-5 a liberdade foi cerceada. Não foi assim. Veja, por exemplo, o texto do AI nº 1 clicando aqui, ele data de 9/4/64.
Clique aqui e leia especial na Agência Brasil. Preste atenção aos links indicados, particularmente neste, que comenta sobre o papel da OAB neste episódio de tão amarga lembrança para os brasileiros.
O melhor texto, que nos dá a exata dimensão desse crime hediondo cometido pelos bandidos, de farda e também pelos sem farda, é o editorial de CartaCapital desta semana assinado por Mino Carta.
Lá pelas tantas Mino diz o seguinte:
“Diz o Estadão no seu suplemento que a sociedade brasileira apoiou o golpe. Que sociedade, caras-pálidas? Agrada-me, entre parênteses, usar o lugar-comum, tão apropriado, no entanto, para acentuar a palidez dos rostos privilegiados. Sim, a sociedade dos clubes faustosos, dos bairros elegantes, das redações abastadas, e do seu time aspirante, sequioso de ascensão. Enfim, dos democratas da democracia sem povo.”
Clique aqui para ler na íntegra, texto imperdível.
O Rodrigo Vianna fez ótima matéria na TV Record sobre o tema, clique aqui para vê-la.
O que mais me deixa triste é notar que tais episódios, essenciais para compreendermos nosso país, estão banidos dos programas de História da escola básica. Parece que não existiram. Costumo brincar com os amigos professores que a História do Brasil termina em Getúlio Vargas. Espero que a ousadia de algumas instituições universitárias, que têm cobrado o período mais recente da nossa história nos seus exames de ingresso, contribua para uma melhor reflexão sobre esses temas.
Para entender um pouco mais sobre o tema ou personalidade, basta clicar no título:
Atos Institucionais
Reformas de Base
Ditadura Militar no Brasil
Carlos Lacerda
João Goulart
No Youtube
Comício da Central do Brasil
Ditadura Militar no Brasil
Discurso de Márcio Moreira Alves
3 comentários:
Muito já li e estudei sobre o AI-5. Foi uma atrocidade e retentora da liberdade, seja qual for sua vertente. O governo militar desimou muitos setores de nosso país, entretanto foi uma influência de forças externas para a contenção dos movimentos oposicionistas à elite e ao capitalismo. O governo puniu da pior forma, principalmente com o AI-5, aqueles que queriam a mudança do sistema e isso perpetuou até 1985, quando a abertura política permitiu a volta das eleições diretas à presidente.
Nós brasileiros, temos que lutar pela liberdade sempre e fazer este país uma democracia autentica. Onde haja sim a participação do povo, não somente com a eleição de representantes na câmara ou no congresso. Esta é a maior forma de garantirmos o que é nosso e de nossos interesses sem utilizar de maneiras sórdidas, como a aplicação de Atos Intitucionais.
No Jornal do Brasil da semana passada, não lembro o dia, havia uma crônica do Jarbas Passarinho, onde por pouco ele não disse que não houve ditadura no Brasil.
Luis: um governo que entrou pela porta dos fundos, arrombando-a de armas em punho, portanto ilegítimo, ladrão de sonhos e de vidas.
Renato: esse não conta mais, felizmente, chega a ser motivo de riso suas patranhas.
Postar um comentário