Uma notícia de 2019 voltou a cena. Ela conta que o
apresentador de TV, o milionário Luciano Huck, comprou um jatinho para sua
empresa, financiado pelo BNDES com juros subsidiados.
Confira a notícia aqui
na Revista Exame.
O negócio parece ser juridicamente perfeito, sem vícios ou
privilégios. Então por que voltar ao assunto?
Em razão do apresentador ter desferido um ataque no “X”
contra as empresas estatais, acusando-as de serem responsáveis pelo nosso baixo
crescimento e produtividade.
Se ele pensa dessa maneira não seria mais lógico financiar o jatinho para sua empresa no Itaú ou no Bradesco? E com juros de mercado, obviamente.
Mas ele é o retrato pronto e acabado da elite nativa. As
benesses do Estado devem estar ao seu dispor e para a patuleia basta pão e água,
se não tiver que comam brioches.
Essa é a elite do atraso, como diz Jessé de Souza, e este em
particular, ensaia vez por outra, candidatar-se a presidência da República.
O agronegócio sempre vem na mesma batida. Já viram algum expoente do agro reclamando da dinheirama subsidiada do plano safra? Não.
São contra a
intervenção do Estado, mas basta um contratempo qualquer, que diminua seus
lucros, para exigir, e conseguir, a participação do Estado malvado no seu prejuízo.
Assim também com os demais setores. Quando estão nadando em
dinheiro, superexplorando seus trabalhadores, querem distância do Estado, mas
quando têm prejuízos, exigem a partilha.
São esses mesmos, com raras exceções, que atacam as
políticas públicas voltadas aos mais pobres e desfavorecidos, que endeusam a
meritocracia dos herdeiros.
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