9.1.24

Um ano depois: democracia inabalada?

Dia 8/1/23 fomos surpreendidos por uma tentativa de golpe de estado no Brasil.

Uma turba bolsonarista, instruída ao longo do mandato do inelegível, resolveu tomar de assalto os prédios dos três poderes da República e depredá-los.

A primeira reação foi de incredulidade. Não pensei que o bolsonarismo fosse tão longe nos seus intentos. Na sequência apareceu a ansiedade: qual seria o poder de reação do governo Lula?

A reação veio rápida, projetando as figuras do ministro Flavio Dino e do seu segundo homem do Ministério Ricardo Capelli, que com rapidez e agilidade coordenaram a reação do governo a sanha golpista.

A intervenção decretada na Segurança Pública do DF evitou o segundo e definitivo passo do golpe: entregar o poder de restaurar a ordem pública às FFAA por meio de uma GLO, dispositivo constitucional da Garantia da Lei e da Ordem.

Por outro lado, o Ministro Múcio, tentou, e continua tentando proteger os golpistas das Forças Armadas, principalmente o alto oficialato golpista, fatos amplamente documentados, até porque eles, os militares golpistas, se incriminaram com relativo prazer e gozo.

Outra coisa que chamou a atenção foi a autoincriminação dos marginais que invadiram os palácios! Filmaram-se, fotografaram-se, discursaram, quase sempre apoiados em teorias conspiratórias ou ideias estúpidas, como pedir auxílio aos Ets.

Quando voltamos os olhos para esses fatores aleatórios a vontade é de rir, pois são muito idiotas, e, às vezes, chorar.

Não podemos simplesmente sorrir em razão do avanço da extrema direita no mundo, estão ganhando eleições, como na Itália e marcham sem pudor com manifestações fascistas em todos os cantos, inclusive, mais recentemente, na vizinha Argentina.

A democracia brasileira é frágil, basta atentar para o histórico de golpes de estado em nosso país, e continua abalada, embora o título da manifestação institucional de ontem diga o contrário. Falta povo na rua para defendê-la!

Falta também punições exemplares a quem tentou o golpe de estado, sejam os próprios baderneiros, quem os financiou e quem os instigou, sejam políticos, militares ou gente rica.

Ontem o ICL Notícias estampou uma foto emblemática no seu portal, que reproduzo abaixo com o link da matéria. 


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