26.6.22

Aborto: questão importante de saúde pública

 Lula está coberto de razão: discussão sobre aborto diz respeito à saúde pública, não cabe ao Estado legislar sobre as vontades das pessoas, mas precisa de políticas públicas para evitar a morte de mulheres, principalmente as pobres.

Tal política não pode ser guiada por princípios religiosos, mas deve se respeitar as condições biológicas e psicológicas das mulheres e a vontade delas.

Claro que os instrumentos de planejamento familiar devem ser garantidos pelo poder público bem como a educação sexual, que deveria ser abordada nas escolas de todo o país, sem essa idiotice de “ideologia de gênero”.

Às vezes tenho a nítida impressão de que retornamos para o século XIX em razão da truculência do atual governo que abriu mão de questões civilizatórias, como o poder que a mulher deve ter sobre o seu próprio corpo, a aceitação da diversidade quanto à orientação sexual e o combate ao racismo.

O episódio do final da semana com a atriz/celebridade denunciando uma outra atriz, muito jovem, que descobriu a gravidez fruto de um estupro muito tarde e resolveu dar a criança para adoção, foi a cereja do bolo.

Antes tivemos a denúncia por parte do Portal Catarinas e The Intercept mostrando a ação abjeta de uma juíza e uma promotora, tentando convencer uma criança de 11 anos a não abortar e esperar o desfecho da gravidez para doar o bebê. Ainda ousaram sugerir que se ouvisse o “pai”. Desde quanto estuprador é pai?

Parte da nossa população está se especializando em dar palpites na vida dos outros, mas sem assumir os encargos e, na maioria das vezes, num verdadeiro show de hipocrisia.

Precisamos de governos que pensem no povo, na saúde, na educação, na alimentação, na moradia e que lembre sempre que o estado deve ser laico!

 

 

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