30.10.08

Ferréz

Esse moço é fera! Vem lá do Capão Redondo e faz um trabalho que dá gosto de se ver!
Já comprou briga com Luciano Huck – clique aqui para lembrar da treta – e por isso está sendo processado: “apologia ao crime”.
Está na TV (Programa Manos e Minas – TV Cultura), escreve na Caros Amigos, de vez em quando na Folha de S. Paulo, publica uma coletânea – Literatura Marginal – de vez em quando que dá voz aos poetas da periferia, tem uma grife, a 1 Da Sul, lojas, selo de Rap, canta e compõe... Como dá tempo para tudo isso?
O cabra em questão é Ferréz, lá do Capão Redondo, periferia de São Paulo.
Querem conhecê-lo? Visitem sua casa virtual clicando aqui.
Leiam o texto que o mano colou no blog (tem um trecho abaixo).

Voltei e estou armado

Estou armado, talvez seja preso por porte ilegal de inteligência, e passe a vida inteira em prisão aberta, pagando uma grande pena e vendo um país ir pro buraco.
Minha pena seria notar a empresária que gasta vários salários mínimos com seu lindo cachorro, mas quando a diarista quer subir 10 reais na faxina, reclama, fala da situação do país, que se ela não quiser ficar, vai ter fila pra substituir.
Talvez eu tenha que fazer comparação, como pensar que no Egito acharam indícios que pra construir as pirâmides, os construtores ganhavam cerveja como pagamento, o que mudou vendo os trabalhadores lotando os bares depois que chegam do serviço?
Bispa esconde dinheiro dentro da bíblia mas pro fiel cego e louco por alguma salvação tudo passa batido e é explicado, ela é inocente, quem acusa é o diabo.
Carnaval tem como tema a cultura portuguesa, os descendentes de índios se vestem para homenagear o seu algoz.


Para ler a íntegra é só clicar aqui.

2 comentários:

Renato Couto disse...

São pessoas como ele que poderão mudar o Brasil. Nada contra a (nossa) posição de quem é mais esclarecido culturalmente e socialmente mais acima na pirâmide, mas somente pessoas que trazem as dores do mundo, é que realmente tem motivação para efetivas mudanças. Podemos até plantar algo, porém de forma artesanal, pois quem irá dirigir o trator, são eles, é esta "galera" esclarecida das periferias e JOVENS, principalmente, já cantava o Belchior, que "a juventude é uma arma quente". Abraços. Obs.: E O Hapkido? Como ficou?

Prof Toni disse...

Ainda temos esperança?