Hoje é dia de comemorar o Dia Internacional das Mulheres, mas, por favor, sem chocolates e flores. É dia de lutar e lembrar aquelas que tombaram vítimas do feminicídio, que sofrem violência doméstica e que ganham menos do que os homens para fazer a mesma coisa que eles.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Artigo_Lei_Maria_da_Penha_(8695976633).jpg][img]undefined[/img][/url Superior Tribunal de Justiça STJ do Brasil, CC POR 2.0, via Wikimedia Commons
Infelizmente
não há muito o que comemorar. Faltam mulheres no governo e algumas que
permaneceram perderam poder no jogo da política do “é dando que se recebe”, mas
no caso do atual governo não está recebendo.
Governos
progressistas têm enfrentado o problema há décadas, mas o machismo estrutural e
os valores patriarcais que organizam nossa sociedade são muito fortes e acabam
prevalecendo.
Havia, durante
um bom tempo, a esperança de que as novas gerações superassem esses valores,
mas hoje essa esperança está se esvaindo, principalmente quando vemos o nosso
Congresso, majoritariamente machista, conservador e extremamente retrógrados,
com deputados jovens e eleitos por jovens!
O que fazer? Há
um esforço descomunal por parte dos educadores para reverter esse quadro, mas,
muitas vezes, são impedidos pelas famílias, que os qualificam como
doutrinadores, propagadores da ideologia de gênero (seja lá o que for isso),
esquerdistas, feministas etc.
Aliás, hoje
recebi pelo WhatsApp uma publicação repudiando um “Congresso Antifeminista” em
Santa Catarina, evento agendado para hoje – 08/03/2024 – dentro da Assembleia
Legislativa de Santa Catarina. Não tenho palavras para expressar minha
indignação.
Vamos averiguar
alguns indicadores que mostram a necessidade de leis que garantam a vida das
mulheres e, ao mesmo tempo, a necessidade do feminismo.
Esse gráfico
foi produzido pelo Senado Federal
Esse outro
gráfico foi resultado de uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
em 2022.
Fonte: Dados revelam crescimento alarmante de todos os tipos
de violência contra a mulher. Infográfico: Fórum Brasileiro de Segurança
Pública (2022)
Já essa tabela retirei do Vermelho.org (jornal do PC do B) e
mostra uma série histórica que facilita a comparação do quadro de violência.
Ou seja, essa
pequena amostra indica a necessidade de políticas permanentes de defesa da vida
das mulheres e de estímulos a sua emancipação social, política e financeira. O
que mostramos ontem com relação a execução do orçamento do Ministério das Mulheres
vai no sentido contrário dessas necessidades.
Recomendo
acompanhar a entrevista com Maria da Penha, que dá nome a Lei, no ICL.
Veja a
divulgação completa do evento e a página de inscrição no evento clicando AQUI.
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