8.3.24

Dia 8 de março, dia de lembrar e lutar

Hoje é dia de comemorar o Dia Internacional das Mulheres, mas, por favor, sem chocolates e flores. É dia de lutar e lembrar aquelas que tombaram vítimas do feminicídio, que sofrem violência doméstica e que ganham menos do que os homens para fazer a mesma coisa que eles.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Artigo_Lei_Maria_da_Penha_(8695976633).jpg][img]undefined[/img][/url Superior Tribunal de Justiça STJ do Brasil, CC POR 2.0, via Wikimedia Commons

Infelizmente não há muito o que comemorar. Faltam mulheres no governo e algumas que permaneceram perderam poder no jogo da política do “é dando que se recebe”, mas no caso do atual governo não está recebendo.

Governos progressistas têm enfrentado o problema há décadas, mas o machismo estrutural e os valores patriarcais que organizam nossa sociedade são muito fortes e acabam prevalecendo.

Havia, durante um bom tempo, a esperança de que as novas gerações superassem esses valores, mas hoje essa esperança está se esvaindo, principalmente quando vemos o nosso Congresso, majoritariamente machista, conservador e extremamente retrógrados, com deputados jovens e eleitos por jovens!

O que fazer? Há um esforço descomunal por parte dos educadores para reverter esse quadro, mas, muitas vezes, são impedidos pelas famílias, que os qualificam como doutrinadores, propagadores da ideologia de gênero (seja lá o que for isso), esquerdistas, feministas etc.

Aliás, hoje recebi pelo WhatsApp uma publicação repudiando um “Congresso Antifeminista” em Santa Catarina, evento agendado para hoje – 08/03/2024 – dentro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Não tenho palavras para expressar minha indignação.

Vamos averiguar alguns indicadores que mostram a necessidade de leis que garantam a vida das mulheres e, ao mesmo tempo, a necessidade do feminismo.

Esse gráfico foi produzido pelo Senado Federal

Fonte: Agência Senado

Esse outro gráfico foi resultado de uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2022.

Fonte: Dados revelam crescimento alarmante de todos os tipos de violência contra a mulher. Infográfico: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2022)

Já essa tabela retirei do Vermelho.org (jornal do PC do B) e mostra uma série histórica que facilita a comparação do quadro de violência.

Ou seja, essa pequena amostra indica a necessidade de políticas permanentes de defesa da vida das mulheres e de estímulos a sua emancipação social, política e financeira. O que mostramos ontem com relação a execução do orçamento do Ministério das Mulheres vai no sentido contrário dessas necessidades.

Recomendo acompanhar a entrevista com Maria da Penha, que dá nome a Lei, no ICL.


Veja a divulgação completa do evento e a página de inscrição no evento clicando AQUI.














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