19.8.06

Bola fora na sala de aula

Essa vida no magistério nos faz colecionar muitas histórias. Por vezes não conseguimos separar claramente verdade da ficção, mas assim mesmo as histórias se multiplicam e ficam, a cada dia, mais engraçadas.
Tenho um amigo, professor de química, que é recordista em bola fora na sala de aula. Não vou citar o nome do camarada para evitar comprometimentos futuros.
Uma história ótima ocorreu no início de sua carreira. Assumiu as aulas num grande colégio aqui de São Paulo, no bairro da Aclimação e ao terminar o primeiro período de aulas, resolveu fazer graça. Entrou na sala dos professores, jogou os diários de classe em cima da mesa e perguntou:
- Quem será o infeliz que teve a coragem de colocar o nome na filha de Bruna Cacilda?
Imediatamente a diretora responde:
- É minha filha, aconteceu alguma coisa?
Ele de pronto:
- Nossa que nome forte, combina com ela que é uma beleza!
De outra vez, numa sala do colegial num colégio do Morumbi, ele pede:
- Gente fecha as janelas e liga o ar-condicionado, porque essa louca da outra escola já começou a chamar os alunos pelo alto-falante.
Imediatamente uma menina na primeira fila:
- Professor, não fala assim da minha mãe!
Nesse mesmo colégio, na sala dos professores durante o lanche:
- Quem foi o filho da puta que tirou o queijo e o presunto do sanduíche?
O dono da escola, que estava nos visitando responde:
- Eu!
O meu amigo mais do que depressa:
- Nossa, eu adoro pão sem nada, estou precisando de um regiminho mesmo!
Um outro colega, que leciona história, também é campeão.
Uma vez ele invocou com um garoto que não parava de rir durante a aula. Até que lá pela terceira ou quarta aula mandou:
- E você aí, por que esse sorriso idiota no canto da boca?
O aluno responde:
- É porquê eu tive um derrame professor.
Assim nos divertimos muito, além é claro das lendas que se criam, como uma que diz que eu acabava com os salgadinhos no lanche do COC - Morumbi.

Texto publicado em 19/01/2005.

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