16.9.06

Perólas do Timor-Leste

Caros Amigos,

São tantas as coisas a contar... Mas quero focar também as coisas boas de Timor-Leste. Temos esse costume de olhar somente para parte vazia do copo, que na verdade, está cheio até a metade.
Aliás, ultimamente só ando falando de coisas tristes. Pudera, esta semana, pedalando por Dili, encontrei novas cenas de destruição. Se somarmos São Paulo e Líbano, por exemplo, a luta da humanidade pelo direito básico de viver em paz, é algo ainda impensável.
Mas vamos seguindo com algumas reflexões sobre os últimos fatos acontecidos deste lado do mundo, a 20.000km de distância.
O que pensar e fazer quando:
Você vê uma Freira colando na prova...
Você descobre que no processo seletivo de novos professores, no período de ocupação indonésia, o futuro docente deveria ministrar uma aula fictícia para uma sala vazia - ensinar as cadeiras - enquanto um grupo de avaliadores ficava atrás de uma sala com espelhos a observá-los...
As pessoas, depois da crise em 2006 no Timor, continuam a dizer que o fato aconteceu porque os timorenses "são parvos, ignorantes" ou ainda "que se matem"...
Os australianos - assim como os americanos - desconsideraram as recomendações da ONU, pressionaram e conseguiram se manter como única força militar em solo timorense, impedindo a entrada de um exército neutro, sob comando das Nações Unidas. Adeus autodeterminação...
O líder rebelde - o Major Alfredo Reinado - e seus 56 liderados fugiram - a moda brasileira, pela porta da frente da prisão - no feriado nacional de 30 de Agosto. Segundo apurou-se, as forças neozelandesas que faziam a segurança do local, se retiram da prisão sem aviso, sob a orientação australiana de que não estão aqui para defender prisões, mas sim o povo timorense (sic!)....

Ainda há muito que se discutir sobre estes assuntos, mas dar conta de duas vidas uma no Brasil e outra aqui não esta fácil...

Abraços

Tarcísio Botelho

Nenhum comentário: