Nas últimas eleições municipais decidi que não mais votaria enquanto o voto fosse obrigatório.
Para manter a coerência devo me afastar da urna, como o diabo da cruz, nestas eleições presidenciais.
Tenho vários motivos para isso:
O voto continua obrigatório.
O horário eleitoral é pura demagogia.
Não existem partidos políticos.
Não existe um único programa de governo sério.
Lula não fez o mínimo que eu esperava dele: reforma agrária (nem precisava ser radical), reforma educacional (educação para todos) e melhorias na saúde.
Isso para não falar dos candidatos ao legislativo, como dizem os meus alunos: sem noção!
Claro que aqui em São Paulo poderíamos lembrar de algumas pessoas sérias, como José Eduardo Cardozo, Soninha Francine e Roberto Gouveia, candidatos a deputado federal pelo PT.
Também tenho profundo respeito pelo candidato do PSOL, Ivan Valente, assim como pelo Plínio de Arruda Sampaio, candidato ao governo do estado, mas o partido não existe e começa do mesmo ponto onde o PT parou, acumulando os mesmos erros. Não consigo levar esse partido a sério.
Senado? Bom, neste caso considero a opção pelo Suplicy bem razoável.
Governo estadual? Esta é a parada mais difícil. O melhor candidato, em minha opinião, é o Plínio, mas conta com o obstáculo já mencionado acima.
Serra, nem pensar, o veto é ideológico! Além de ter essa mania de se eleger e não cumprir o mandato. Foi assim como senador e também como prefeito.
Mercadante? Não me inspira confiança e não me perguntem a razão! É intuição e pronto! O discurso dele está horroroso, próximo da direita arcaica, só falta dizer que vai colocar a ROTA na rua. Também não apresentou propostas sérias e possíveis na área de educação e saúde.
Claro que a raiva que os ataques da grande imprensa me fazem ter vontade de ir lá na seção eleitoral no dia 1/10 e repetir o voto em Lula. O Estadão e a Folha brincam com a inteligência do eleitor e do leitor, isso para não falar daquela famigerada revista semanal que nem merece ter o nome citado.
Todo o esforço de manipulação do noticiário no tocante ao “dossiê” contra os tucanos não funcionou, exceto por ter excluído um dos dados mais importantes: 70% da movimentação da máfia das ambulâncias ocorreu no governo tucano. O outro dado importante é a origem da grana para a negociação, isso sim podendo se configurar crime, não o dossiê.
O esforço de alguns magistrados em favor do tucanato também me comoveu!
Como são toscos!
Por enquanto estou firme na minha disposição e declaração de princípios: enquanto o voto for obrigatório não votarei!
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