Foto: Carlos Barcellos/FOTOREPÓRTER/AE
(publicada em http://www.estadao.com.br/ext/especial/extraonline/galerias/cidades/2007/01/12/16490100/)
Ontem à tarde São Paulo tomou um susto enorme! Desabou um túnel da obra de ampliação do Metrô no bairro de Pinheiros.
Transtorno e medo.
A Marginal do Rio Pinheiros foi interditada. Uma perua de lotação foi engolida pela cratera aberta, assim como caminhões e outros veículos que estavam na borda da entrada da obra.
Os operários que trabalhavam no túnel tiveram tempo de escapar, pois perceberam a proximidade da tragédia.
Clique aqui e veja matéria da Folha on-line.
Clique aqui e veja matéria do Estadão.
Esse acidente deve abrir uma possibilidade reflexão sobre o uso das técnicas e abordagens tecnológicas.
Qualquer geógrafo com razoável formação compreende o risco de uma obra dessa envergadura às margens de um rio.
Quem conhece um pouco da história de São Paulo sabe que aquele Rio Pinheiros que ali está não é o Rio Pinheiros, embora seja o Pinheiros (como diria Fernando Pessoa). É um canal artificial, obra da Light and Power (antiga concessionária de energia – final do séc. XIX até década de 70 do séc. XX) e também da especulação imobiliária na região.
Somente este dado já confere grande instabilidade ao terreno.
(Caso deseje uma leitura mais densa sobre esse tema clique aqui.)
Outro dado é a dimensão da obra! Ora, não podemos creditar à engenharia e a tecnologia um caráter de infalibilidade e de superação pura e simples da natureza. Tais considerações potencializam o risco, principalmente em tempos de “reengenharia”, ou seja, economia a qualquer custo!
Um representante dos construtores reconhece parte do problema em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo:
“SÃO PAULO - O representante do Consórcio Linha Amarela, responsável pelas obras da linha 4 do Metrô de São Paulo, afirmou nesta sexta-feira que ocorreu uma falha geológica na parede em escavação, rompendo o anel de contenção do poço, que lentamente afundou. “A obra está em área de várzea de rio, geologicamente instável”, disse Mauro Bastos.”
Leia a matéria completa clicando aqui.
Então se o problema já era conhecido por que os cuidados não foram redobrados? Ou a própria linha desviada para uma área mais estável?
Não podemos desconsiderar a estação das chuvas. Um dado que agrava o acidente.
Nesse momento nossa torcida é para que o custo, não o dos economistas, mas aquele medido em vidas humanas, seja o mínimo possível, embora saibamos que o mínimo possível será bastante dolorido para muitas pessoas.
Transtorno e medo.
A Marginal do Rio Pinheiros foi interditada. Uma perua de lotação foi engolida pela cratera aberta, assim como caminhões e outros veículos que estavam na borda da entrada da obra.
Os operários que trabalhavam no túnel tiveram tempo de escapar, pois perceberam a proximidade da tragédia.
Clique aqui e veja matéria da Folha on-line.
Clique aqui e veja matéria do Estadão.
Esse acidente deve abrir uma possibilidade reflexão sobre o uso das técnicas e abordagens tecnológicas.
Qualquer geógrafo com razoável formação compreende o risco de uma obra dessa envergadura às margens de um rio.
Quem conhece um pouco da história de São Paulo sabe que aquele Rio Pinheiros que ali está não é o Rio Pinheiros, embora seja o Pinheiros (como diria Fernando Pessoa). É um canal artificial, obra da Light and Power (antiga concessionária de energia – final do séc. XIX até década de 70 do séc. XX) e também da especulação imobiliária na região.
Somente este dado já confere grande instabilidade ao terreno.
(Caso deseje uma leitura mais densa sobre esse tema clique aqui.)
Outro dado é a dimensão da obra! Ora, não podemos creditar à engenharia e a tecnologia um caráter de infalibilidade e de superação pura e simples da natureza. Tais considerações potencializam o risco, principalmente em tempos de “reengenharia”, ou seja, economia a qualquer custo!
Um representante dos construtores reconhece parte do problema em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo:
“SÃO PAULO - O representante do Consórcio Linha Amarela, responsável pelas obras da linha 4 do Metrô de São Paulo, afirmou nesta sexta-feira que ocorreu uma falha geológica na parede em escavação, rompendo o anel de contenção do poço, que lentamente afundou. “A obra está em área de várzea de rio, geologicamente instável”, disse Mauro Bastos.”
Leia a matéria completa clicando aqui.
Então se o problema já era conhecido por que os cuidados não foram redobrados? Ou a própria linha desviada para uma área mais estável?
Não podemos desconsiderar a estação das chuvas. Um dado que agrava o acidente.
Nesse momento nossa torcida é para que o custo, não o dos economistas, mas aquele medido em vidas humanas, seja o mínimo possível, embora saibamos que o mínimo possível será bastante dolorido para muitas pessoas.
5 comentários:
Rapaz... sem motivos para dramas...
Só fazer arquibancada no entorno e estará pronto finalmente o estádio do Corinthians...
Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Lamentável este acidente. Que o alerta sirva para o aumento da fiscalização em obras, especialmente desta magnitude. Passadas as horas emergenciais, inicia-se algo tão doloroso quanto, a tortura da novela em busca dos culpados e das indenizações das famílias das vítimas e das pessoas que perderam suas casas em função da tragédia. E no Brasil nós sabemos o ritmo da justiça, um cágado vence a corrida com larga vantagem.
Obra de Paulo Maluf... kkkk
Caros amigos,
Nao sei ate onde essa brincadeira vai......
O jogo de empurra-empurra das responsabilidades ja comecou.
Quem sera o responsavel? O governo? As Empresas do Grupo Linha Amarela 4? Prefeitura? Chuvas?
Sao muitas questoes, porem, creio que o jogo politico esta muito mais preocupante de que parece.
O texto publicado nesse blog sobre as privatizacoes fala um pouco sobre a questao politica, acredito que peca chave em todo contexto.
Quem vai assumir a culpa por tal "acidente"?
O governador Serra teria coragem de jogar a responsabilidade sobre as Empresas da Linha 4?
Lembrando que fazem parte da mesma, algumas das maiores empresas da America Latina do setor (Andrade Gutierrez, Odebrecht, Querioz Galvao, Camargo Correa e OAS) que atuam nao so no Brasil, como na Europa, Africa e Oriente Medio.
Logo, empresas de fundamental importancia para a movimentacao da politica financeira de nosso pais.
Os "reais" responsaveis serao punidos, sera???
Acho que essa cratera e' muito mais profunda do que pensamos......
Um grande abraco!
obs: desculpe a falta de acentos!
O mesmo Clóvis Rossi, apesar de ser tosquinho, usou uma expressão interessante: São Paulo é uma roleta russa! Se não bastassem os riscos de roubo, homicídio, latrocínio, estelionato, bala perdida, desemprego, São Paulo reserva mais este desafio para o cidadão. E a lide vai dar muita dor de cabeça para as famílias. VMP
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