Por vezes meus alunos não compreendem quando critico de maneira enfática a mídia grande.
As razões são simples: os textos são imbecis, a notícia é mal tratada e os interesses partidário-panfletários contaminam todas as editorias.
Um exemplo gritante foi o tratamento dispensado ao padre Júlio Lancelotti.
Abaixo reproduzo texto do Luiz Weis sobre o assunto:
Gritos e sussurros
Luiz Weis em 29/11/2007 às 7:33:28 AM
No domingo, 28 de outubro, sob o título “Ex-interno diz que fazia sexo por dinheiro com padre” a Folha publicou:
“O ex-interno da Febem Anderson Marcos Batista, 25, preso acusado de extorquir o padre Júlio Lancelotti, 58, afirmou à polícia que sustentou por oito anos relação homossexual com o religioso em troca de dinheiro.”
Hoje, sob o título “Detento recua e nega relação íntima com padre”, a Folha publica:
“O detento Marcos José de Lima, suspeito de ter extorquido o padre Júlio Lancelotti, 58, foi interrogado ontem pela Polícia Civil e negou ter mantido relação íntima com o religioso em troca de dinheiro, como disse à Justiça.”
Os nomes dos presos não são a única diferença entre os dois textos. A mais importante é que o primeiro saiu na metade superior da primeira página. O segundo, no canto inferior direito de uma página interna do jornal – com um título bem menor.
Nada de novo na mídia: as acusações saem aos gritos; os desmentidos, aos sussurros.
Os acusados – e os leitores – que se lixem.
Fonte: Observatório da Imprensa
As razões são simples: os textos são imbecis, a notícia é mal tratada e os interesses partidário-panfletários contaminam todas as editorias.
Um exemplo gritante foi o tratamento dispensado ao padre Júlio Lancelotti.
Abaixo reproduzo texto do Luiz Weis sobre o assunto:
Gritos e sussurros
Luiz Weis em 29/11/2007 às 7:33:28 AM
No domingo, 28 de outubro, sob o título “Ex-interno diz que fazia sexo por dinheiro com padre” a Folha publicou:
“O ex-interno da Febem Anderson Marcos Batista, 25, preso acusado de extorquir o padre Júlio Lancelotti, 58, afirmou à polícia que sustentou por oito anos relação homossexual com o religioso em troca de dinheiro.”
Hoje, sob o título “Detento recua e nega relação íntima com padre”, a Folha publica:
“O detento Marcos José de Lima, suspeito de ter extorquido o padre Júlio Lancelotti, 58, foi interrogado ontem pela Polícia Civil e negou ter mantido relação íntima com o religioso em troca de dinheiro, como disse à Justiça.”
Os nomes dos presos não são a única diferença entre os dois textos. A mais importante é que o primeiro saiu na metade superior da primeira página. O segundo, no canto inferior direito de uma página interna do jornal – com um título bem menor.
Nada de novo na mídia: as acusações saem aos gritos; os desmentidos, aos sussurros.
Os acusados – e os leitores – que se lixem.
Fonte: Observatório da Imprensa
Um comentário:
É incrível como há mesmo essa diferença entre os textos...
Sei que tudo o que lemos não podemos confiar e tudo mais. Mas é apenas a mídia grande que praticamente temos acesso.
É como aquela transposição do Rio São Francisco, falava e falava-se muuuito nisso nos grandes jornais e revistas... Até que, quando foi aprovada a transposição, foi noticiado isso apenas num artigozinho nos jornais e apenas os mais atentos o viram!
Um dia desses a minha professora de português perguntou quem sabia da aprovação, poucos levantaram a mão... haha Fala sério.
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