Estamos às vésperas da eleição municipal e muitos me perguntam em quem vou votar. Respondo: não vou votar! Não voto enquanto o voto for obrigatório.
Sem meias palavras ou justificativas toscas. A obrigatoriedade do voto é uma anomalia que precisa ser corrigida imediatamente, deveria ser item prioritário da Reforma Política, aquela prometida faz tempo e que nunca acontece.
Obrigar o indivíduo, sob coação, a fazer algo não pode ser encarado como exercício de um direito.
Tal obrigatoriedade fragiliza um dos principais elos do exercício político: o partido!
O partido político além de disputar o poder, o que é legítimo, deveria também preocupar-se em educar o cidadão para a política e a representação, esforçando-se por ser um canal de participação, ao mesmo tempo em que renovaria suas próprias lideranças.
Considero que dentre os vários problemas políticos existentes em nossa legislação o voto obrigatório é o mais escandaloso, seguido de perto do instituto da reeleição.
A reeleição permite a criação de “donos de cargos representativos”. Isso à direita e à esquerda, afinal já tem ex-guerrilheiro com 24 anos como deputado federal “profissional”. Isso inibe o surgimento de novas lideranças e a oxigenação da representação parlamentar.
O voto facultativo obrigaria os partidos políticos a fazerem-se presentes no cotidiano das pessoas, na fábrica, escola, banco etc., pois seria mais importante convencê-la a participar, para depois pedir-lhe o voto.
Com a obrigatoriedade vemos os partidos jogando suas fichas no “marquetingue” político em detrimento de idéias e propostas. Programa de governo então é coisa que só é produzida depois que ocorre a eleição e olhe lá!
As legendas de aluguel, que pontificam no horário político obrigatório, tenderiam ao desaparecimento, pois o teatro político seria transferido para a vida real, longe das telinhas e das jogadas asquerosas.
Vejamos o caso de São Paulo nestas eleições municipais, quem conhece algum programa de governo de algum candidato? Ninguém, simplesmente por que eles não existem, são obras de ficção.
Uma candidata diz que vai conectar a cidade à rede mundial de computadores, sem fio e de graça! Outro vai construir uma “freeway”, outro promete trabalhar por São Paulo, bom, também só faltava um candidato aparecer prometendo “se for eleito, prometo não fazer nada, serei o maior vagabundo que está cidade já teve!”.
Quando vamos verificar os candidatos a vereança então o desespero é geral.
Por essas e outras não irei votar, pelo menos no primeiro turno, agora, se no segundo turno o picolé de chuchu estiver presente, bom, aí a prosa muda de rumo.
Sem meias palavras ou justificativas toscas. A obrigatoriedade do voto é uma anomalia que precisa ser corrigida imediatamente, deveria ser item prioritário da Reforma Política, aquela prometida faz tempo e que nunca acontece.
Obrigar o indivíduo, sob coação, a fazer algo não pode ser encarado como exercício de um direito.
Tal obrigatoriedade fragiliza um dos principais elos do exercício político: o partido!
O partido político além de disputar o poder, o que é legítimo, deveria também preocupar-se em educar o cidadão para a política e a representação, esforçando-se por ser um canal de participação, ao mesmo tempo em que renovaria suas próprias lideranças.
Considero que dentre os vários problemas políticos existentes em nossa legislação o voto obrigatório é o mais escandaloso, seguido de perto do instituto da reeleição.
A reeleição permite a criação de “donos de cargos representativos”. Isso à direita e à esquerda, afinal já tem ex-guerrilheiro com 24 anos como deputado federal “profissional”. Isso inibe o surgimento de novas lideranças e a oxigenação da representação parlamentar.
O voto facultativo obrigaria os partidos políticos a fazerem-se presentes no cotidiano das pessoas, na fábrica, escola, banco etc., pois seria mais importante convencê-la a participar, para depois pedir-lhe o voto.
Com a obrigatoriedade vemos os partidos jogando suas fichas no “marquetingue” político em detrimento de idéias e propostas. Programa de governo então é coisa que só é produzida depois que ocorre a eleição e olhe lá!
As legendas de aluguel, que pontificam no horário político obrigatório, tenderiam ao desaparecimento, pois o teatro político seria transferido para a vida real, longe das telinhas e das jogadas asquerosas.
Vejamos o caso de São Paulo nestas eleições municipais, quem conhece algum programa de governo de algum candidato? Ninguém, simplesmente por que eles não existem, são obras de ficção.
Uma candidata diz que vai conectar a cidade à rede mundial de computadores, sem fio e de graça! Outro vai construir uma “freeway”, outro promete trabalhar por São Paulo, bom, também só faltava um candidato aparecer prometendo “se for eleito, prometo não fazer nada, serei o maior vagabundo que está cidade já teve!”.
Quando vamos verificar os candidatos a vereança então o desespero é geral.
Por essas e outras não irei votar, pelo menos no primeiro turno, agora, se no segundo turno o picolé de chuchu estiver presente, bom, aí a prosa muda de rumo.
7 comentários:
Meu caro Toni.
sim tens razão.
o primeiro impacto poderia ser ruim principalmente em eleições parlamentares pois com menos votos a disposição seria mais fácil os donos de currais eleitorais se elegerem , mas criaria para o proximo pleito um grande debate e a discussão de velhos valores a muito esquecidos.
seria ótimo.
ah e deculpe-me alguns, mas seria bom que quem nao tem compromisso com nada nao ia ter que ir a urna votar nos malufs, contes lopes, chuchus e poderia curtir sua praia sem prejudicar o país.
só uma pergunta.
o que vc achada candidatura do dep. Ivan Valente
Gosto muito do trabalho realizado pelo Ivan Valente, mas o PSOL é desanimador, parecem normalistas defendendo a virgindade, embora adeptas da boa e velha sacanagem (no sentido dos escritos do Jorge Amado, bem entendido).
é dificil mesmo, salva-se alguns militantes, aliás exelentes companheiros, mas o resto do partido parece certas obras de alguns politicos
começam no nada e terminam em lugar algum
E o pior de tudo, ainda, são os mesários, que além de serem obrigados a votar, sabem exatamente o tipo de pessoa que vai à urna, sem nem saber em quem votar e porque votar.
Já vi todo tipo de gente, que fala coisas do tipo:
"Ah, ACHO que esse é o menos pior", "só meu voto num faz diferença", "Quem liga pra isso?", "Voto em branco pra não votar em ninguém" (nem eles sabem o que causa o voto em branco).
Enfim, em tudo que é obrigatório, em alguma parte, acaba sendo um desastre. Neste caso, é o resultado de tudo.
Abração, Gordo!
Democracia é uma porcaria mesmo, com ou sem voto obrigatório.
Democracia SÓ existe porque é o que melhor combina com capitalismo de mercado. hehehehe!
Antes, votava pensando no bem-estar geral. (Votei no Lula por causa disso, mas não me odeie)
Depois, descobri que, para consertar as coisas, é necessário tomar decisões que o povo NÃO quer.
Se me permite citar dois exemplos, um de cidade e outro de país.
Belo Horizonte tem um trânsito nojento. Claro que é um passeio de pedalinho em um parque encantado, quando comparado com Sampa ou Rio. Mas é nojento mesmo assim. Aí vem candidato prometendo metrô, monorail, túnel e o caralho a quatro, quando a solução é rodízio, pedágio e aumento de preço de estacionamento. Nenhuma cidade no mundo conseguiu resolver problema de trânsito melhorando a infraestrutura.
E o problema principal do Brasilzão: política fiscal bagunçada. Sempre gastar mais do que arrecada é um problema. Agora, me diz, qual a chance de algum candidato ganhar prometendo que vai cortar gastos e/ou aumentar impostos? (que são as ÚNICAS maneiras de consertar a política fiscal! - estou desconsiderando receber esmola de outros países)
Quim, na gestão pública não há outra possibilidade que déficit fiscal, isso não quer dizer que precise ser bagunçada.
Só se for no seu mundo imaginário. Tem que ser muito ingênuo para acreditar que uma política fiscal expansionária constante não tem consequências possivelmente graves. Isso só é possível se a diferença for insignificante, o que faz a política ser equivalente a uma neutra, ceteris paribus.
Às vezes, é necessário ter déficit, mas nunca todo o tempo. Portanto, o ideal está mais para uma alternância cíclica do que permanência em somente uma das opções.
Deixa eu adivinhar, você investe em títulos públicos?
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