2.7.22

Aprovar ou não aprovar a PEC eleitoreira


Nesta semana um grande desafio foi colocado no cenário político: aprovar ou não o “pacote” de auxílio aos mais pobres – além dos caminhoneiros e taxistas – proposto pelo tenebroso governo.

O tal “mercado” se colocou contra o queridinho dele, parece que acordando, tardiamente, para esse (des)governo, com ideias neoliberais – de merda diga-se de passagem – e ações dignas do coronelismo-assistencialista que sempre comandou as ações políticas do nosso país.

É óbvio e cristalino com água pura, que as medidas de auxílio são meramente eleitoreiras. O auxílio aos mais pobres de R$ 600, duramente combatida pelo “coiso”, Paulo Guedes e demais asseclas, finalmente virou mel para eles.

Querem apenas os votos, não querem ajudar ninguém.

Do mesmo jeito as medidas visando caminhoneiros e taxistas, que simbolizam uma pequena esmola para essas categorias profissionais, que embarcaram na aventura fascista que comando o Planalto e no golpismo inspirado pela mídia em 2016.

Já a oposição viu-se numa armadilha, pois é claro que é necessário ajudar as pessoas que estão comendo osso, sem poder comprar alimentação básica e morando precariamente. Mas, por outro lado, também é claro o conjunto de péssimas intenções do governo.

Já o “mercado” sinaliza para o descumprimento do teto de gastos. Ora, é importante deixar claro que esse teto não se aplica às benesses distribuídas aos banqueiros, aos grandes empresários e latifundiários.

Evidente que precisamos de uma ampla reforma fiscal, cobrando mais dos mais ricos e diminuindo a carga tributária que incide sobre os pobres.

Evidente também que precisamos de uma ousada reforma política.

Mas antes das reformas precisamos fazer cumprir o que diz a Constituição Federal:

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Se aqueles que detêm o poder político fizessem do artigo 3° sua missão teríamos um país mais decente.

Cabe a oposição aprovar os auxílios propostos pela PEC, evitando assim que as pessoas padeçam de fome, mas continuar a denunciar a política genocida do atual governo.

E cabe aos progressistas lutarmos para um Congresso decente, que dê conta de cumprir a Constituição Federal de 1988 e faça as reformas cabíveis, de interesse do povo e não dos ricos e poderosos.

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