Nesta semana um grande desafio foi colocado no cenário político: aprovar ou não o “pacote” de auxílio aos mais pobres – além dos caminhoneiros e taxistas – proposto pelo tenebroso governo.
O tal “mercado” se
colocou contra o queridinho dele, parece que acordando, tardiamente, para esse (des)governo,
com ideias neoliberais – de merda diga-se de passagem – e ações dignas do coronelismo-assistencialista
que sempre comandou as ações políticas do nosso país.
É óbvio e cristalino com
água pura, que as medidas de auxílio são meramente eleitoreiras. O auxílio aos
mais pobres de R$ 600, duramente combatida pelo “coiso”, Paulo Guedes e demais
asseclas, finalmente virou mel para eles.
Querem apenas os votos,
não querem ajudar ninguém.
Do mesmo jeito as medidas
visando caminhoneiros e taxistas, que simbolizam uma pequena esmola para essas
categorias profissionais, que embarcaram na aventura fascista que comando o
Planalto e no golpismo inspirado pela mídia em 2016.
Já a oposição viu-se numa
armadilha, pois é claro que é necessário ajudar as pessoas que estão comendo
osso, sem poder comprar alimentação básica e morando precariamente. Mas, por
outro lado, também é claro o conjunto de péssimas intenções do governo.
Já o “mercado” sinaliza
para o descumprimento do teto de gastos. Ora, é importante deixar claro que
esse teto não se aplica às benesses distribuídas aos banqueiros, aos grandes
empresários e latifundiários.
Evidente que precisamos
de uma ampla reforma fiscal, cobrando mais dos mais ricos e diminuindo a carga
tributária que incide sobre os pobres.
Evidente também que precisamos
de uma ousada reforma política.
Mas antes das reformas
precisamos fazer cumprir o que diz a Constituição Federal:
Art. 3º Constituem
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma
sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o
desenvolvimento nacional;
III – erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Se aqueles que detêm o poder
político fizessem do artigo 3° sua missão teríamos um país mais decente.
Cabe a oposição aprovar
os auxílios propostos pela PEC, evitando assim que as pessoas padeçam de fome, mas
continuar a denunciar a política genocida do atual governo.
E cabe aos progressistas
lutarmos para um Congresso decente, que dê conta de cumprir a Constituição
Federal de 1988 e faça as reformas cabíveis, de interesse do povo e não dos
ricos e poderosos.
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