28.7.22

Uma epidemia chamada feminicídio

O Brasil tem apresentado dados assustadores em relação à violência contra as mulheres. Os casos de feminicídio se avolumam e nos colocam numa triste posição em relação ao panorama mundial.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos ocupamos o 5° lugar nesse vergonhoso indicador e o UOL informa que ocorre um feminicídio a cada 7 horas no país. Vivemos uma verdadeira epidemia.

O que leva um homem a agredir a companheira?

Qualquer causa é injustificável, mas o machismo que estrutura nossa sociedade, seja nas dentro de casa, seja nas empresas, na política e na emissão desvairada de opiniões estapafúrdias de autoridades – como orgulhar-se dos filhos machos e chamar a mulher de fraquejada – estimulam tais violências.

Algumas medidas tomadas nos últimos anos sinalizam para a tentativa do Estado de interferir nessa questão, como a Lei Maria da Penha de 2006. (Clique aqui para ver um vídeo sobre a criação dessa Lei)

Pórtico com a estrutura preambular e com artigo 1º da Lei Maria da Penha - Almanaque Lusofonista

Embora tenha sido um grande avanço e considerada como uma lei a ser seguida por outros países ela não foi suficiente para que os crimes fossem evitados.

É comum que parte das vítimas tenham conseguido medidas protetivas que, na verdade, mostram-se ineficientes para conter os agressores.

Como mudar tal situação é a indagação mais comum quando discutimos esses crimes.

Penso que, em primeiro lugar, precisamos de um processo educacional, começando na idade pré-escolar, antimachista e de incentivo a tolerância.

Exigir a aplicação das leis com rigor, para isso é necessário que se faça um processo de educação das autoridades policiais e judiciais, com foco no combate ao machismo.

Aprimorar todos os mecanismos contidos na Lei Maria da Penha e incentivando sistemas de orientação como os coletivos feministas, buscando incentivar o protagonismo das mulheres.

Combater de forma implacável as manifestações machistas de comunicadores e autoridades.

São medidas iniciais e por isso devemos começar nas escolas, pensando no médio e longo prazo e, no curto prazo, ampliar as Delegacias das Mulheres.

Para ajudar nessa reflexão compensa ler essa matéria de autoria Ireuda Silva, publicado no Nexo Jornal, é só clicar aqui para ter acesso.

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