Como sou um crédulo e as vezes ingênuo, no dizer de alguns amigos, por isso resolvi escrever para o ombudsman da Folha.
A motivação: matéria publicada na Folha de S.Paulo, tratando de uma operação da PF, na qual foram presos funcionários da Petrobras, empresários, funcionários da FEEMA – órgão de fiscalização ambiental do estado do Rio – além de outras ramificações (clique aqui e veja textos sobre o tema no Folha Online).
A matéria é interessante e apresenta muitas informações, mas a impressão é de que se trata de jornalismo declaratório, embasado em fontes e declarações oficiais apenas.
Leiam a carta:
Prezado,
Tenho desanimado quanto ao jornalismo investigativo e mais uma vez vejo nas páginas desta Folha uma série de reproduções: da PF, do Ministério Público, da Petrobrás, além de algumas declarações das empresas envolvidas na última operação da PF, no caso uma série de prisões envolvendo fraudadores de licitações da Petrobrás, amplamente noticiado hoje.
Algumas perguntas que este inocente leitor faz, de primeira: os funcionários da Petrobrás presos ou citados pelo Ministério Público, são de carreira, ou seja, concursados e promovidos por mérito, ou são nomeados ou promovidos por critérios políticos, ou ainda pertencem ao famigerado quadro de "comissionados"?
Achei horrorosa a chamada de um dos textos (desconheço o nome jornalístico), veja: "Empresa sabia da apuração da polícia, mas não tomou nenhuma medida para não impedir que a investigação chegasse a outros acusados", não entendi!
Embora a reportagem mostre esforços relevantes ao noticiar "o outro lado", faltou análise, nem que fosse de um contador. Numa das frases de um dos investigadores ele diz que não sabe de quanto foi o prejuízo, mas que houve prejuízo. Então, pergunto-me: qual a razão para a Folha deixar de lado opiniões sobre os preços, mesmo que fosse de concorrentes diretos das empresas citadas? Será a pressa da denúncia? Ausência de jornalistas competentes para tal empreitada? Confiança cega na PF e no MP?
São questões como estas que me afastam das leituras dos jornais diários: reproduzem qualquer coisa que lhes seja útil. Análise mesmo só Jânio de Freitas e Clóvis Rossi, este quando não está babando contra o governo.
Grato.
A motivação: matéria publicada na Folha de S.Paulo, tratando de uma operação da PF, na qual foram presos funcionários da Petrobras, empresários, funcionários da FEEMA – órgão de fiscalização ambiental do estado do Rio – além de outras ramificações (clique aqui e veja textos sobre o tema no Folha Online).
A matéria é interessante e apresenta muitas informações, mas a impressão é de que se trata de jornalismo declaratório, embasado em fontes e declarações oficiais apenas.
Leiam a carta:
Prezado,
Tenho desanimado quanto ao jornalismo investigativo e mais uma vez vejo nas páginas desta Folha uma série de reproduções: da PF, do Ministério Público, da Petrobrás, além de algumas declarações das empresas envolvidas na última operação da PF, no caso uma série de prisões envolvendo fraudadores de licitações da Petrobrás, amplamente noticiado hoje.
Algumas perguntas que este inocente leitor faz, de primeira: os funcionários da Petrobrás presos ou citados pelo Ministério Público, são de carreira, ou seja, concursados e promovidos por mérito, ou são nomeados ou promovidos por critérios políticos, ou ainda pertencem ao famigerado quadro de "comissionados"?
Achei horrorosa a chamada de um dos textos (desconheço o nome jornalístico), veja: "Empresa sabia da apuração da polícia, mas não tomou nenhuma medida para não impedir que a investigação chegasse a outros acusados", não entendi!
Embora a reportagem mostre esforços relevantes ao noticiar "o outro lado", faltou análise, nem que fosse de um contador. Numa das frases de um dos investigadores ele diz que não sabe de quanto foi o prejuízo, mas que houve prejuízo. Então, pergunto-me: qual a razão para a Folha deixar de lado opiniões sobre os preços, mesmo que fosse de concorrentes diretos das empresas citadas? Será a pressa da denúncia? Ausência de jornalistas competentes para tal empreitada? Confiança cega na PF e no MP?
São questões como estas que me afastam das leituras dos jornais diários: reproduzem qualquer coisa que lhes seja útil. Análise mesmo só Jânio de Freitas e Clóvis Rossi, este quando não está babando contra o governo.
Grato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário