Este é o título de um ótimo depoimento de Clarice Herzog, viúva de Vladimir Herzog – assassinado nos porões da ditadura militar que tomou conta deste país em 1964 – dado a Cylene Dworzak Dalbon da Nova-e!
Leia um trecho:
25 de outubro de 1975, Rua Tutóia, cidade de São Paulo. Nas dependências do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), um homem é torturado com pancadas e choques elétricos. Seus companheiros, na sala ao lado ouvem seus gritos.
O homem recusa-se a assinar um suposto depoimento por não admitir que as informações constantes naquele pedaço de papel sejam verdadeiras. Ele não escrevera nenhuma palavra daquilo. Em um ato de indignação, rasga o papel. E num ato de maior indignação ainda, mesclado a ira, seu torturador o esbofeteia. Os amigos, na outra sala, não ouvem mais seus gritos.
Algumas horas mais tarde, dentro de uma cela no mesmo departamento, uma foto do homem morto, amarrado por uma tira de pano em um pequeno pedaço de ferro no alto da cela. O Inquérito Policial Militar, IPM dá como causa da morte suicídio por enforcamento. Esta era a versão oficial sustentada pelos militares e ignorada pela família. Vladimir Herzog havia sido assassinado e seus torturadores haviam montado uma farsa grotesca para encobrir a barbaridade que haviam feito.
Para ler o texto na íntegra clique aqui.
Leia um trecho:
25 de outubro de 1975, Rua Tutóia, cidade de São Paulo. Nas dependências do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), um homem é torturado com pancadas e choques elétricos. Seus companheiros, na sala ao lado ouvem seus gritos.
O homem recusa-se a assinar um suposto depoimento por não admitir que as informações constantes naquele pedaço de papel sejam verdadeiras. Ele não escrevera nenhuma palavra daquilo. Em um ato de indignação, rasga o papel. E num ato de maior indignação ainda, mesclado a ira, seu torturador o esbofeteia. Os amigos, na outra sala, não ouvem mais seus gritos.
Algumas horas mais tarde, dentro de uma cela no mesmo departamento, uma foto do homem morto, amarrado por uma tira de pano em um pequeno pedaço de ferro no alto da cela. O Inquérito Policial Militar, IPM dá como causa da morte suicídio por enforcamento. Esta era a versão oficial sustentada pelos militares e ignorada pela família. Vladimir Herzog havia sido assassinado e seus torturadores haviam montado uma farsa grotesca para encobrir a barbaridade que haviam feito.
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2 comentários:
Olá Prof. Toni!!
Fiquei muito feliz de ver meu texto por aqui!!! O que queremos é isso mesmo, que a verdade seja difundida e a história contada por quem a viveu de maneira correta e clara!!! Quando conversei com a Clarice, deixei claro a ela que o objetivo da entrevista era resgatar a memória do Vlado e fazer com que as pessoas conhecessem a verdadeira história e a farsa de sua morte. Esta foi apenas uma das historinhas contadas pelos ditadores (que não eram só militares!). Existem outras milhares de histórias anônimas e de famílias que sofrem e lutam até hoje!
Parabéns pelo blog!
Grande abraço
Sempre publico aqueles textos que considero pertinentes à boa discussão política, o seu é ótimo!
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