13.12.07

Governo Lula perde de seus próprios aliados

O Senado sepultou a CPMF e, pelo que diz o governo, de uma vez por todas.
A oposição canta de galo nesta hora, mas o governo perdeu para a sua própria base aliada. Vejam os integrantes da chamada base governista que votaram contra o governo:
César Borges (PR-BA); Expedito Junior (PR-RO); Romeu Tuma (PTB-SP); Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) e Mão Santa (PMDB-PI).
Com aliados desta qualidade, quem precisa de inimigos?
Seria interessante que alguém da grande fizesse um infográfico – já que este recurso está na moda – mostrando como estes moços votaram na criação e nas prorrogações anteriores, bem como o voto daqueles que desta vez apoiaram a CPMF nestas votações anteriores.
Agora é ver se o governo Lula aprendeu mesmo a fazer política conforme manda a tradição: é hora de punir os dissidentes! Cortar os seus cargos, barrar suas emendas e contingenciar as verbas para a clientela.
Para as eleições do ano que vem a oposição deu uma bela azeitona para o discurso do governo, pois ele poderá culpá-la, usando o fim da CPMF como uma medida que penalizou os mais pobres e impediu o governo federal de fazer mais pelo povo.
Considero a CPMF um imposto injusto por atingir a todos indiscriminadamente. Prefiro aqueles impostos que recaem de forma mais incisiva sobre os afortunados, atenuando os percentuais para os mais pobres.
Como instrumento de controle também se mostrou ineficaz, como demonstra as seguidas operações da Polícia Federal e demais denúncias envolvendo sempre lavagem de dinheiro.
Talvez o fim da CPMF faça o governo repensar o sistema tributário. Não sou daqueles que gritam contra os impostos, mas reclamo da sua destinação.
Sinceramente não me importaria de pagar o que pago, até mais, se o Estado garantisse educação, saúde, moradia e transporte de qualidade decente para todos os cidadãos.
Aí está o maior pecado do governo Lula, a meu juízo, além da prática descarada da fisiologia, com o apelido de “governabilidade”.
Nada de reforma agrária, timidez nas questões educacionais e omissão na saúde pública, ou seja, nada diferente dos tempos de FHC ou mesmo da Nova República, com a diferença que a fatia destinada aos programas sociais é um pouco maior.

3 comentários:

Katia Portes Leão disse...

Toni, por favor, dê uma olhada:

www.expediciondondemiras.blogspot.com

Caminhada Cultural Expedicion Donde Miras pela América Latina.
Partiremos em cinco de janeiro de 2008.

Abraço,

Kátia Portes.

Katia Portes Leão disse...

Toni, por favor, dê uma olhada:

www.expediciondondemiras.blogspot.com

Caminhada Cultural Expedicion Donde Miras pela América Latina.
Partiremos em cinco de janeiro de 2008.

Abraço,

Kátia Portes.

Katia Portes Leão disse...

Expedición
DONDE MIRAS

Caminhada Cultural Pela América Latina
Trecho São Paulo-Curitiba

O trecho São Paulo-Curitiba da Caminhada Cultural, compreende uma pequena parte da expedição, que pretende estender seu percurso por outros países da América Latina.

(Etapa 1: Brasil, Paraguay, Uruguay, Argentina e Chile )




Apresentação



O Projeto "Expedición DONDE MIRAS - Caminhada Cultural Pela América Latina (Trecho São Paulo-Curitiba)" prevê que um grupo de cerca de 30 pessoas, composto por atores, cineastas, artistas plásticos, músicos, dançarinos, produtores culturais, poetas, educadores e fotógrafos, comprometidos ativamente com a produção e difusão cultural na cidade de São Paulo, principalmente em suas regiões periféricas, partirá no dia 05 de janeiro de 2008 do bairro Campo Limpo (zona sul da capital paulista) rumo à Curitiba.

Sem cunho partidário e/ou religioso, o grupo caminhará por aproximadamente 30 dias, percorrendo treze municípios do estado de São Paulo (Taboão da Serra, Embu, Itapecerica da Serra, São Lourenço da Serra, Juquitiba, Miracatú, Juquiá, Sete Barras, Eldorado, Iporanga, Apiaí, Itaoca e Ribeira) e cinco municípios do estado do Paraná (Adrianópolis, Tunas do Paraná, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul e Curitiba).

Numa empreitada de troca e manifestações artísticas, os caminhantes pretendem observar, conhecer e pesquisar as diversas atividades culturais de cada um dos lugares visitados (lugares esses que incluem comunidades quilombolas, aldeias indígenas, populações ribeirinhas e assentamentos situados no caminho entre os municípios citados).

Isto se realizará principalmente através de encontros culturais (saraus) onde acontecerão: exibição de filmes, apresentações de música, dança e teatro, performances, exposições, recitais de poesia, lançamento de livros e possíveis manifestações espontâneas.

A programação dos eventos culturais será constituída tanto pelos artistas-caminhantes, quanto pelos artistas locais, de acordo com os desejos, necessidades, articulação, mobilização e possibilidades de cada localidade (incluindo estruturais, tais como: espaço físico e equipamento).



Por que caminhar



Percorrer a pé esse caminho para que as relações sejam mais diretas e verdadeiras, e para que isto possibilite aos artistas experimentar novos aspectos de sua própria arte e também da vida humana, para que possam trocar, re-criar, criar, num processo que acontecerá ora individualmente, ora coletivamente. E que deste, surgirá novas poesias, novos modos de dançar, novos trabalhos plásticos, novas músicas etc.

Visitar as cidades, seus cheiros, seus sabores, seus rostos, suas palavras e imagens. Trocar experiências, ouvir, somar, vivenciar na carne e nos olhos o modo como esses "outros povos" vivem, se organizam, se manifestam, quais rituais congregam, o modo como ocupam e como convivem com a terra e as relações humanas decorrentes dessas formas.

Que a partir dessa experiência direta, cada artista-caminhante possa, pisando com seus próprios pés esse chão que guarda tantas riquezas e deixando um pouco de si nesse mesmo chão, ampliar seu olhar e trazer os reflexos disso para sua prática artística e humana.

Para que a "Expedición Donde Miras" seja possível, este grupo de artistas-caminhantes está promovendo ações para a arrecadação de recursos e buscando apoios, parcerias e contribuições, que podem acontecer das mais diversas formas: acolhimento nas cidades por onde passarão (abrigo, comida), doações materiais (equipamentos, alimentos) e em dinheiro.

O objetivo da Caminhada Cultural é, principalmente, promover o intercâmbio cultural entre os artistas caminhantes e as populações de cada cidade visitada. Para que isso aconteça pedimos e precisamos do acolhimento e disponibilidade dessas pessoas e as convidamos, inclusive, à seguir caminhada conosco.