Os livros didáticos, independentes de sua correção, são um grande equívoco.
O correto seria o professor possuir dedicação exclusiva a escola, com 40 horas de trabalho semanal, mas no máximo 20 em sala de aula. O restante deveria ser dedicado à preparação de material, correção de trabalhos e provas, além do atendimento aos alunos.
Os livros didáticos atendem, portanto a uma disfunção do sistema escolar. Um professor dando aulas em três escolas, das 7 horas da manhã até 22 horas pode confeccionar seu próprio material didático? Claro que não!
Podemos pensar o livro didático como um “mal necessário”. Isso não pode impedir que apontemos os seus problemas.
O MEC, por meio de uma equipe de consultores, todos ligados as Universidades, cuida, sem pressa, de avaliar os livros colocados à disposição das escolas públicas. Ao fazer isso o MEC tenta oferecer opções de boa qualidade para os professores.
Óbvio que não podemos imaginar um livro didático que atenda a enorme diversidade regional do nosso país! Essa limitação já seria um grande obstáculo para o uso desse tipo de material.
Por outro lado, imputar exclusivamente ao professor, ao material didático ou ao gestor escolar o problema da educação no Brasil é, no mínimo, simplificação grosseira.
A meu ver o principal problema reside na falta de investimento adequado do Estado.
Passa pela formação de professores? Claro que sim!
Vejam o exemplo da Universidade de São Paulo, tida como uma das melhores do país.
Os cursos, com raras exceções como o do Instituto de Matemática, não são voltados para a licenciatura, mas sim para o bacharelado; o magistério surge como complemento, que se obtém cursando 6 disciplinas na Faculdade de Educação e cumprindo apenas 300 horas de estágio.
A ausência de formação específica para o professor é um crime. Falta-nos preparo pedagógico, que só com a experiência e a duras penas conquistamos.
O salário da escola pública é estimulante? Claro que não! Assim como não são estimulantes as condições de trabalho.
E o estímulo da família ao estudante? Quanto se investe em TV e outras quinquilharias eletrônicas e quanto se investe em livros?
Para quem gosta do exemplo finlandês, li outro dia que o governo dá de presente um livro para cada recém-nascido, é assim que se começa a construção do bom leitor.
Por falar em TV, o espaço que ela, uma concessão pública, dedica a educação é praticamente nulo, restrito as ações de “responsabilidade social” de uma ou outra instituição.
Discutir educação é, portanto, discutir a própria sociedade, em todos os seus aspectos.
Pensar qual é o projeto de país que atende à maioria da população e como ele deverá ser executado.
Pensar ainda se queremos produzir tecnologia de ponta ou continuar inseridos no processo de mundialização econômica num papel subalterno.
Infelizmente ainda não será neste governo que veremos este horizonte preenchido de forma clara, quem sabe mais um pouco de esperança!
O correto seria o professor possuir dedicação exclusiva a escola, com 40 horas de trabalho semanal, mas no máximo 20 em sala de aula. O restante deveria ser dedicado à preparação de material, correção de trabalhos e provas, além do atendimento aos alunos.
Os livros didáticos atendem, portanto a uma disfunção do sistema escolar. Um professor dando aulas em três escolas, das 7 horas da manhã até 22 horas pode confeccionar seu próprio material didático? Claro que não!
Podemos pensar o livro didático como um “mal necessário”. Isso não pode impedir que apontemos os seus problemas.
O MEC, por meio de uma equipe de consultores, todos ligados as Universidades, cuida, sem pressa, de avaliar os livros colocados à disposição das escolas públicas. Ao fazer isso o MEC tenta oferecer opções de boa qualidade para os professores.
Óbvio que não podemos imaginar um livro didático que atenda a enorme diversidade regional do nosso país! Essa limitação já seria um grande obstáculo para o uso desse tipo de material.
Por outro lado, imputar exclusivamente ao professor, ao material didático ou ao gestor escolar o problema da educação no Brasil é, no mínimo, simplificação grosseira.
A meu ver o principal problema reside na falta de investimento adequado do Estado.
Passa pela formação de professores? Claro que sim!
Vejam o exemplo da Universidade de São Paulo, tida como uma das melhores do país.
Os cursos, com raras exceções como o do Instituto de Matemática, não são voltados para a licenciatura, mas sim para o bacharelado; o magistério surge como complemento, que se obtém cursando 6 disciplinas na Faculdade de Educação e cumprindo apenas 300 horas de estágio.
A ausência de formação específica para o professor é um crime. Falta-nos preparo pedagógico, que só com a experiência e a duras penas conquistamos.
O salário da escola pública é estimulante? Claro que não! Assim como não são estimulantes as condições de trabalho.
E o estímulo da família ao estudante? Quanto se investe em TV e outras quinquilharias eletrônicas e quanto se investe em livros?
Para quem gosta do exemplo finlandês, li outro dia que o governo dá de presente um livro para cada recém-nascido, é assim que se começa a construção do bom leitor.
Por falar em TV, o espaço que ela, uma concessão pública, dedica a educação é praticamente nulo, restrito as ações de “responsabilidade social” de uma ou outra instituição.
Discutir educação é, portanto, discutir a própria sociedade, em todos os seus aspectos.
Pensar qual é o projeto de país que atende à maioria da população e como ele deverá ser executado.
Pensar ainda se queremos produzir tecnologia de ponta ou continuar inseridos no processo de mundialização econômica num papel subalterno.
Infelizmente ainda não será neste governo que veremos este horizonte preenchido de forma clara, quem sabe mais um pouco de esperança!
3 comentários:
Eu que sonhava este horizonte pros meu filhos, hoje sonho pros meus netos ( e olha que falta muito!), pois sabemos que é um trabalho a longo prazo, a semente virar crescimento tecnológico, quanto? Uns 20 anos, no mínimo. Mas vale à pena! O problema, é que quando vem alguém e planta essa semente (ah!Prof. Darcy Ribeiro...)vem tantos e jogam napalm, pra queimar e nunca mais crescer nada naquela terra...Mas vamos fazendo nossa parte, quem sabe de nossas pequenas vozes, apareça um grande grito.Abraços!
Concordo plenamente!
E como disse Renato Couto no seu blog (Se 1 ler tá bom)faz tempo que a Veja age desta maneira!
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