7.2.24

Morrer em São Paulo está pela hora da morte

Faz quase um ano que os cemitérios de São Paulo foram privatizados (sistema de concessão). Nesse curto período morrer na capital do estado mais rico da federação ficou 11 vezes mais caro, segundo matéria do Brasil de Fato.


Jornal Brasil de Fato - 05/02/24 - Michael Dantas/AFP

Morrer tá custando entre R$ 3.250 a R$ 4.613,25, contra R$ 289,35 anterior a concessão. Importante ressaltar que os valores podem variar de acordo com a concessionária.

Existe também a possibilidade de atendimento à população de baixa renda, mas, no caso da capital paulista, isso depende da inscrição no CadÚnico. Esse sistema é federal, mas a responsabilidade pela inscrição é da Prefeitura, tarefa hercúlea em São Paulo.

Os serviços não melhoraram como o prometido. Os cemitérios estão com zeladoria prejudicada, faltam funcionários (que surpresa!)

Precisamos ouvir as pessoas do “privatiza que funciona melhor e o serviço fica mais barato”.

Exemplos desses descalabros não faltam, seja no transporte público, nas telecomunicações ou no saneamento básico.

Sempre que se fala sobre isso é lembrado do caso da telefonia. É verdade que o fornecimento de linhas telefônicas foi agilizado, mas os serviços melhores, propagandeada pelos privatistas, não aconteceu, além da vantagem da concorrência, que, na verdade, não existe.

E a distribuição de energia elétrica? A ENEL ,aqui em São Paulo, é muito ruim, e qual alternativa caso você não queira ser atendido pela ENEL? Voltar à idade da pedra.

Os serviços essenciais privatizados, sejam federais, estaduais ou municipais não funcionam! Eles devem permanecer sob controle do Estado e não dando lucros para empresas privadas.

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