14.11.07

Internet: modo de usar

Vez por outra minha caixa de e-mail é inundada por correntes dos mais diversos tipos, desde agradecimentos ao santo expedito pela graça alcançada, até a busca desesperada por uma adolescente, vestida com a camiseta da seleção brasileira, seqüestrada pelo próprio “quase” cunhado, isso sem contar as ofertas de doações de fabricantes de celulares e laptops.
Quanto à primeira categoria nenhum problema. Embora não seja um crente nestas coisas, respeito a crença dos amigos e das amigas, simplesmente apago após ler o início e pronto!
Quanto à segunda categoria fico um pouco irritado com o excesso de boa fé das pessoas. Quando recebi a mensagem acima mencionada, pela primeira vez, em 1999, liguei para o telefone que constava no e-mail. Fui atendido por uma senhora que me garantiu que a história era verdadeira, mas a menina já estava em casa, tranqüila, havia mais de seis meses.
De outra feita ao receber uma mensagem com teor semelhante, fiz a mesma coisa, liguei para o telefone que dela constava e fui atendido por uma avó chorosa. A neta havia sido seqüestrada pela ex-nora vingativa. A senhora até me encaminhou uma cópia, por fax, de um boletim de ocorrência policial.
Este cuidado que eu tenho é indispensável em casos semelhantes. Só reenvio mensagens deste tipo quando tenho a confirmação – mesmo sabendo que tal confirmação também pode ser armação – do evento relatado.
Para aqueles que não gostam de gastar os preciosos pulsos telefônicos, sugiro sempre uma consulta ao site Quatrocantos (clique aqui para acessá-lo).
Ele oferece uma lista com as principais bobagens que circulam pela Internet. Caso você não encontre nenhuma referência sobre o que procura, mande uma mensagem que a equipe do site lhe ajudará, de bom grado, a verificar se história é verdadeira ou não.
Se assim procedermos diminuiremos bastante o spam e evitaremos algumas armadilhas, como construir malas diretas com os endereços de e-mails de nossos amigos, vendidas por espertalhões por aí.

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