5.10.06

Propostas do Alckmin

“Atordoado permaneço atento
Na arquibancada para a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa” ...

Estava lendo Marco Aurélio Weissheimer na Carta Maior e duas passagens do seu texto, Agenda de Alckmin prevê retomada da ALCA e privatizações (clique aqui para ler) chamaram-me a atenção.
A primeira diz respeito às privatizações, vejam:
Outra proposta da agenda tucana para o país que caminha nesta direção diz respeito às privatizações. Em entrevista concedida ao jornal "O Globo" (15 de janeiro de 2006), ao ser indagado se pretendia retomar a política de privatizações implementada pelo governo FHC, Alckmin respondeu positivamente e citou os bancos estaduais entre suas prioridades. “A maioria já foi privatizada, mas deveriam ser todos. Tem muita coisa que se pode avançar. Susep, sistema de seguros, tem muita coisa que se pode privatizar”, respondeu. Perguntado se os Correios estariam nesta lista de empresas privatizáveis, o governador paulista foi mais cauteloso, mas não descartou a possibilidade. “Correios acho que teria que amadurecer um pouco. Tem muita coisa que não precisa privatizar”, afirmou sem especificar quais. E, além das privatizações, acrescentou que pretende valorizar as parcerias público-privadas em um eventual governo tucano.
Interessante que o próprio José Serra, governador eleito em São Paulo, representante da alta tucanagem, não parece concordar integralmente com o seu colega de penas. Por intervenção dele, pelo que tudo indica, o governador Lembo sustou a venda de 20% das ações da Nossa Caixa (banco estadual paulista).
Noutra, mais preocupante ainda, trata da política externa. Leiam o trecho:
Mas uma das principais diferenças em relação ao governo Lula aparece mesmo é no plano da política externa, onde os tucanos criticam a proximidade com o governo de Hugo Chávez, da Venezuela, e defendem a retomada das negociações da Alca com os EUA. Após a palestra realizada pelo presidente George W. Bush, durante sua visita a Brasília, no início de novembro, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) elogiou a fala do líder norte-americano, destacando a questão da Alca.
Na avaliação do senador tucano, essa aliança comercial é de interesse do Brasil e “deve ser buscada e perseguida e não suportada ou adiada”. Para Virgílio, a Alca surgirá com ou sem o Brasil. “Sem o Brasil, fará a alegria do México”, comentou, defendendo que a prioridade da política externa brasileira deveria fazer um pacto político com os EUA em troca de vantagens comerciais claras, incluindo aí a queda de barreiras alfandegárias.

Assustador. Embora continue achando as propostas do PT e do PSDB muito parecidas no atacado é bom verificarmos algumas no varejo.

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