Embora o ano de 2004 tenha sido pródigo em eventos relacionados ao golpe militar de 1964 tal episódio parece fadado a desaparecer da nossa história.
Tendo implantado uma feroz ditadura militar que perdurou até 1985, pelo menos, tal golpe não consta dos programas oficiais de história do ensino básico e, de forma assustadora, não se faz presente na memória da juventude, mesmo na semana da data maldita.
A revista CartaCapital que chegou às bancas nesta semana – Uma história fuzilada, nº. 438 de 4/4/07, páginas 22 a 28 – trouxe uma importante denúncia: os documentos dos “serviços de inteligência” militares – os órgãos que mais torturaram e mataram durante o período ditatorial – foram destruídos! Nas outras três grandes revistas semanais temos o mais completo silêncio!
Como podemos pensar nossa história recente se aquilo que foi escrito sobre ela está nas mãos de imbecis, com farda é verdade, que não querem que a sociedade saiba de suas atrocidades?
Por outro lado, parece-me que os programas de ensino de história estão compactuando com esse crime contra o país. Como os jovens poderão conhecer o Brasil se fatos marcantes e recentes de nossa história são atirados na lata do lixo?
Às vezes tenho a impressão de que tudo que sei, além do pouco que vivi da Ditadura Militar no Brasil não existiu, é tudo fruto da minha imaginação e da de mais alguns tresloucados!
Poderia ficar aqui por páginas e páginas a falar das atrocidades que os milicos cometeram, da sua covardia na tortura, nos desaparecimentos, mas prefiro indicar algumas leituras para auxiliar aqueles que não conhecem essa mancha da nossa história recente.
Com ótimos textos e fac-símiles de documentos de época o site da FGV-CPDOC é indispensável! Clique aqui e leia com atenção! Outro site interessante é Mortos e Desaparecidos Políticos (clique aqui para acessá-lo). Nele você encontrará os relatos das atrocidades da ditadura com os nomes das vítimas, além de matérias atuais sobre o tema. Compensa também uma olhada no site oficial do jornalista, agora ministro do governo Lula, Franklin Martins (clique aqui).
A Agência Carta Maior também dedica uma parte de seu portal para tratar da ditadura militar no Brasil e notícias correlatas. Clique aqui para acessar a página.
O cinema também escolheu o tema nestes últimos anos, embora sem grande sucesso de público. Filmes como Cabra-cega, Zuzu Angel, O ano em que meus pais saíram de férias, Quase dois irmãos, dentre outros tiveram como cena principal ou de fundo a ditadura militar e seus desdobramentos (clique nos títulos para ler crítica ou sinopse).
Caso o obstinado leitor tenha propensão ao sadismo recomendo a leitura do “outro lado”, torturadores e mentecaptos que agiam em nome da defesa da “pátria, deus e liberdade”:
Mídia sem máscara e Terrorismo nunca mais (clique nos títulos para ter acesso aos trecos). Ambos afirmam que a imprensa brasileira está tomada por forças de esquerda que manipulam as mentes em favor do “comunismo internacional”, leve-os a sério somente se desejar ardentemente.
Texto publicado no blog Reação Cultural – abril 2007
Tendo implantado uma feroz ditadura militar que perdurou até 1985, pelo menos, tal golpe não consta dos programas oficiais de história do ensino básico e, de forma assustadora, não se faz presente na memória da juventude, mesmo na semana da data maldita.
A revista CartaCapital que chegou às bancas nesta semana – Uma história fuzilada, nº. 438 de 4/4/07, páginas 22 a 28 – trouxe uma importante denúncia: os documentos dos “serviços de inteligência” militares – os órgãos que mais torturaram e mataram durante o período ditatorial – foram destruídos! Nas outras três grandes revistas semanais temos o mais completo silêncio!
Como podemos pensar nossa história recente se aquilo que foi escrito sobre ela está nas mãos de imbecis, com farda é verdade, que não querem que a sociedade saiba de suas atrocidades?
Por outro lado, parece-me que os programas de ensino de história estão compactuando com esse crime contra o país. Como os jovens poderão conhecer o Brasil se fatos marcantes e recentes de nossa história são atirados na lata do lixo?
Às vezes tenho a impressão de que tudo que sei, além do pouco que vivi da Ditadura Militar no Brasil não existiu, é tudo fruto da minha imaginação e da de mais alguns tresloucados!
Poderia ficar aqui por páginas e páginas a falar das atrocidades que os milicos cometeram, da sua covardia na tortura, nos desaparecimentos, mas prefiro indicar algumas leituras para auxiliar aqueles que não conhecem essa mancha da nossa história recente.
Com ótimos textos e fac-símiles de documentos de época o site da FGV-CPDOC é indispensável! Clique aqui e leia com atenção! Outro site interessante é Mortos e Desaparecidos Políticos (clique aqui para acessá-lo). Nele você encontrará os relatos das atrocidades da ditadura com os nomes das vítimas, além de matérias atuais sobre o tema. Compensa também uma olhada no site oficial do jornalista, agora ministro do governo Lula, Franklin Martins (clique aqui).
A Agência Carta Maior também dedica uma parte de seu portal para tratar da ditadura militar no Brasil e notícias correlatas. Clique aqui para acessar a página.
O cinema também escolheu o tema nestes últimos anos, embora sem grande sucesso de público. Filmes como Cabra-cega, Zuzu Angel, O ano em que meus pais saíram de férias, Quase dois irmãos, dentre outros tiveram como cena principal ou de fundo a ditadura militar e seus desdobramentos (clique nos títulos para ler crítica ou sinopse).
Caso o obstinado leitor tenha propensão ao sadismo recomendo a leitura do “outro lado”, torturadores e mentecaptos que agiam em nome da defesa da “pátria, deus e liberdade”:
Mídia sem máscara e Terrorismo nunca mais (clique nos títulos para ter acesso aos trecos). Ambos afirmam que a imprensa brasileira está tomada por forças de esquerda que manipulam as mentes em favor do “comunismo internacional”, leve-os a sério somente se desejar ardentemente.
Texto publicado no blog Reação Cultural – abril 2007
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