19.3.08

Uma outra visão sobre a questão do Tibete

O Tibete tem merecido destaque na mídia nos últimos dias por conta de manifestações dos separatistas locais e da forte reação do governo chinês.
Os EUA patrocinam uma ampla campanha de solidariedade à autonomia do Tibete.
Interessante observar que o apoio aos movimentos autonomistas são altamente seletivos: Tibete, Montenegro, Kosovo e agora Santa Cruz, na Bolívia. E o País Basco? Ou a questão belga?
O jornal Vermelho – órgão de imprensa do PC do B – publicou um texto mostrando o “outro lado da questão tibetana”, lado este que a grande imprensa não divulga.
Para acessá-lo na íntegra clique aqui.
Do texto destaco algumas passagens:

“Em 1954, o décimo quarto Dalai-Lama participou da primeira Assembléia Nacional Popular da China, que elaborou a Constituição da República Popular, tendo sido eleito como um dos vice-presidentes do Comitê Permanente dessa Assembléia.
Na ocasião, pronunciou um discurso afirmando: ''Os rumores de que o Partido Comunista da China e o governo popular central arruinariam a religião do Tibete, foram refutados. O povo tibetano tem gozado de liberdade em suas crenças religiosas''.
Em 1956, o dalai-lama assumiu a presidência do comitê provisório encarregado de organizar a região autônoma do Tibete. As relações entre os governos central e local estavam, portanto, normalizadas.
O conflito ressurgiu quando se cogitou em promover a reforma democrática do Tibete, separando a religião do Estado, abolindo a servidão rural e a escravidão doméstica e redistribuindo a propriedade das terras e dos rebanhos, monopolizada pela aristocracia civil e pelos mosteiros. ”
...
“Traindo seus princípios religiosos, em novembro passado, o dalai-lama propôs que, em vez de esperar que os sábios religiosos encontrassem a próxima encarnação após sua morte, ele escolhesse sua própria encarnação. Geralmente, depois da morte do dalai-lama, autoridades budistas tibetanas, orientadas por sonhos e sinais, identificam uma criança que vai substituir o líder morto.”

Penso que de posse dos artigos da grande mídia, produzidos em sua maioria pela imprensa estadunidense, e com artigos como este do Vermelho possamos ter uma quadro mais completo sobre o Tibete.

2 comentários:

André Renato disse...

Analiso as duas fontes de informação, mas ainda sim juro que não sei o que pensar... Por um lado, os comunistas podem estar certos, por seus propósitos de igualdade socialista, mas já conhecemos a barbárie que já se produziu dentro e em nome do regime. Por outro lado, não há nadam mais pacífico e justo (em princípio) do que os ideais dos monges tibetanos, mas é claro que eles também são pessoas passíveis de erros e corrupção. Enfim, eu prefiro não confiar nem na imprensa "estadudinense", nem na imprensa "vermelha". Se eu pudesse, testemunharia os fatos e conheceria as pessoas envolvidas por mim mesmo...

Prof Toni disse...

Ou buscar fontes mais profundas, como literatura, história e geografia dos lugares e comunidades envolvidas. Mas, é claro, que se puder ver ao vivo será bem melhor!